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Nós criamos, tu crias, eu CRIO: Centro de Inovação

Por Denis Luciano Edição 04/03/2022
Assim ficará o CRIO, o Centro de Inovação de Criciúma / Fotos: AgeCom / Unesc
Assim ficará o CRIO, o Centro de Inovação de Criciúma / Fotos: AgeCom / Unesc

"Sou o Centro de Inovação de Criciúma, mas pode me chamar de CRIO. Muito antes de ser batizado, fui sinônimo de um sonho iniciado lá atrás, há muito tempo. Uma cidade inovadora por natureza, uma região dinâmica por essência não poderia ficar para trás na hora de ter um berço, um lugar, um recanto para os seus inovadores. O tempo fez justiça e aqui estou. Lá por outubro, imagino que você já poderá me visitar. Eu sou o CRIO, lugar para que eu, tu, ele, nós, vós, eles criemos!".

O breve testemunho acima, em uma sintética primeira pessoa, esforça-se para colocar perto da sua gente algo que precisa, que deve ser da nossa gente: o Centro de Inovação de Criciúma. O CRIO, como batizado recentemente, é hoje um canteiro de obras. Embora retardatário em relação a vários de seus co-irmãos catarinenses, vai bem, obrigado. 

"Assumi meu compromisso pessoal com a Universidade, com o Centro de Inovação, com o Município e com o Governo do Estado nesse grande projeto pelo qual temos batalhado muito". É com essa determinação que a reitora Luciane Bisognin Ceretta vem liderando, com uma grande equipe, a migração do papel para uma ampla realidade daquele espaço que nasceu para a educação, há uma década e meia. Começou a ver brotar o Complexo Educacional Nereu Guidi que migrou das mãos do Município para as da Unesc que, ciente do seu papel, não titubeou em passar a bola: aquele prédio de localização estratégica deveria, na verdade, cumprir o papel de casa dos nossos inovadores. Assim será!

O esqueleto do CRIO: virando realidade!

Um centro para inovar. Mesmo que aparente ser tão mínima, essa definição é a amplitude de um lugar de impossível resumo. É complexo, simples assim. “Esta é uma obra tão reivindicada há tanto tempo e que conectará todo o ecossistema de nossa região, investindo em educação, ciência e tecnologia", esforça-se em resumir a reitora. Dificil colocar numa caixinha o universo que nascerá daquelas paredes hoje ainda frias, cimentadas a cada dia pelo denodo da aplicada equipe da empresa que veio de Curitiba para, mediante contrato com o Estado, transformar aquele espaço. Importante agradecer, não é reitora?!

"Agradecer ao Governo do Estado, à Prefeitura, que fez o implemento de recursos. Temos duas palavras: muito obrigada em nome de todas as instituições de nossa cidade”.
Luciane Bisognin Ceretta, reitora da Unesc

O governador Carlos Moisés anuncia: quer estar em Criciúma para cortar a fita, entregar a chave e conferir in loco o pipocar das primeiras das múltiplas e incontáveis ideias que nascerão no CRIO. Que nasce grande. "Grande em todos os sentidos da palavra e vamos buscar cada vez mais a vocação da região através dele, fazendo a conexão com o restante do estado. Santa Catarina é um estado inovador", defende Moisés.

Estado está investindo mais de R$ 7 milhões

O CRIO deverá, de pronto, "caminhar com as próprias pernas". Como assim, governador? "Temos muita coisa boa neste setor e o esforço do Governo é fazer com que estes ambientes caminhem com as próprias pernas, que tenha gestão própria e trazer resultados que nós esperamos”, responde.

Governador Carlos Moisés e a missão do CRIO:
"Resolver o problema das pessoas, encontrar soluções para o público e privado".

Todos comemoramos nossas datas de aniversário, que são os dias em que chegamos para dar conta do recado no Mundo. Mas e a concepção, já parou para pensar nela? Biologicamente, somos mais velhos que a certidão de nascimento. O CRIO pode dizer o mesmo. Na noite vistosa, brilhante e agradável de 26 de agosto de 2021, o CRIO era fecundado com os segundos que passaram ágeis no riscar da assinatura de Carlos Moisés da Silva. Estava consumado o sonho. O papel erguido pelo governador perante a uma plateia atenta e lotada entregava ao Sul o seu CRIO. 

Em outubro, na Unesc, governador reforçou o compromisso: fazer inovação!
Foto: Júlio Cavalheiro / Secom

Com fachada para a Rua Araranguá, com acesso pela Henrique Lage, o Centro de Inovação nasce bem localizado. Não tem como não chegar nele. A Unesc vem com o prédio. O Estado, com R$ 7 milhões. O Município, com mais R$ 1,4 milhão. Soma-se isso, aplica-se o trabalho da PGC Engenharia de Obras e pronto: o tempo trata de fazer das suas. "O Centro de Inovação não é da Universidade", lembra o professor Oscar Montedo. Ele é o radar da Unesc junto com o colega Márcio Vitto. Oscar, da inovação. Vitto, das obras. Duas referências da Unesc que carregam não somente nas digitais, mas também nas solas dos sapatos, as provas das visitas diárias ao canteiro de obras. Ninguém tem a evolução do CRIO tão saltitante na retina quanto essa dupla. 

Professor Montedo e professora Luciane: olhos que brilham pelo CRIO

Montedo sabe, por exemplo, que o prédio, propriedade da Unesc, estará cedido por 20 anos. "E nele a sociedade cumprirá a missão dessa estrutura: inovar e empreender". Com a objetividade de um técnico, o professor avança no tremendo esforço de resumir algo tão complexo, e que nasce de um Complexo de Educação. O CRIO terá três pisos. Ali, empresas encontrarão berços para nascer, crescer, evoluir e plantar sementes.

"O CRIO não é uma incubadora. É muito mais. É um ambiente de estímulo".
Oscar Montedo, gerente de Inovação da Unesc

Quem também se empenha na missão de rotular o nosso Centro de Inovação é um admirador contumaz desse contexto todo. Não somente por obrigação da pasta que ocupa, mas por histórico que carrega. É certo que uma das mãos na tesoura a cortar a fita de inauguração será a de Fábio Zabot Holthausen, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). "O Centro vai unir empreendedorismo e inovação", aponta. "É um incentivo para que os talentos permaneçam em suas regiões". Ou seja, para realizar, ousar e avançar, não será preciso ir tão longe. O CRIO estará ali para isso. Certo, inovadores?!

Tudo começou com essa pastinha...

Mas afinal, o que faz um Centro de Inovação? "Fomenta o novo, traz desenvolvimento local". A resposta, aguda e afiada, é de Valmir Cabral da Silva Neto. Cabe a ele um cargo que está longe de ser honorífico. É altamente executivo, trabalhoso e de imensa responsabilidade. Ele preside o Comitê de Implantação do Centro de Inovação de Criciúma. Uma atividade que já esteve muito mais distante do seu fim. Agora, já palmilha, respira o ar, sente o concreto pleno nas paredes de um lugar que irá muito além de um prédio. Será a quintessência do tudo que tanto se sonhou ao se tratar de inovar.

"Temos uma rede de inovação em Santa Catarina, e o nó que faltava nessa rede era o do Sul".
Valmir Cabral da Silva Neto, presidente do Comitê de Implantação do Centro de Inovação

O apontamento acima, do presidente Valmir, resume o sentimento de elo. Correntes só avançam com eles, os elos, entrelaçados, como que com braços estendidos.

A primeira ideia pode levar a imaginar muitos jovens nos corredores do CRIO quando eles já estiverem pintados, iluminados, decorados e abertos, certo? Certo. "Fazer com que jovens e comunidade empreendedora tenham um local para fomentar ideias, um espaço para que novas empresas conversem entre si e criem negócios em parceria", defende Valmir. Mas só jovens? E empresas novas? Claro que não. "E fazer também com que as empresas já consolidadas tenham na própria cidade um apoio", emenda. Notem o peso dessa fusão. Não só os menores poderão ganhar terreno na troca com os maiores no CRIO. O oposto é verdadeiro. "As empresas maiores pode encontrar empreendedores e empresas menores que podem municiar e fomentar questões contratadas pelas empresas locais". Entendeu? É um alicerce cooperativo da inovação. Quem ganha? Todos.

Todos? Claro, até quem está na escola. Como? "O Centro de Inovação vai contar com espaços de mentoria, de reuniões diversas, individuais ou em grupo", detalha Valmir. Por mais que o individual tenha um poder tremendo na capacidade de criação, é o coletivo que multiplica. Certo, inovadores?! "Teremos também um espaço de coworking, que permite essa troca entre negócios".

O CRIO vai ficar assim, bonito!

E o presidente Valmir, provocado e apaixonado pela causa do CRIO, vai além. "Pretendemos encontrar uma forma de trazer o movimento maker, fazendo com que escolas tenham acesso a esse ecossistema". Imaginem os jovens muito jovens, nossos adolescentes criativos saltando das telas dos celulares e notebooks para o ambiente criativo? O CRIO será o lugar. "E que esses estudantes possam fazer atividades que despertem o interesse para a tecnologia, fazendo com que a empregabilidade possa ser fomentada", completa. A receita do sucesso está preparada. Saindo do forno.

Enquanto os inovadores de vários portes ainda não se encontram pelos corredores, o CRIO é dos trabalhadores que carregam nos braços, nos carrinhos, nas pés e nas betoneiras a responsabilidade de deixar tudo pronto para o futuro, quiçá à eternidade. São 18 trabalhadores no cotidiano da obra, orquestados por um engenheiro, uma estagiária em Engenharia Civil da Unesc e com o olhar caprichoso, detalhista e minucioso do professor Márcio Vitto. "Muita gente está esperando", resume, quando indagado do tamanho da responsabilidade. "É uma expectativa que nos enche de compromissos", aponta. E de compromissos eles entendem. E gostam.

O time é forte, e joga junto!

Se depender de trabalho, o CRIO já nasce gigante. Até onde ele vai? Impossível saber. Inovadores não são previsíveis. Uma certeza, temos. Nascerá um mundo novo dali. Veremos!

Quer ver mais do CRIO? Tem vídeo, e tem fotos abaixo. E vida longa ao nosso Centro de Inovação!!

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