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Nas contas de Ademir, o Criciumaprev perdeu mais de R$ 17 milhões

Vereador calcula que redução na alíquota cobrada do sindicato patronal é um problema
Por Erik Behenck Criciúma - SC, 08/01/2020 - 16:43 Atualizado em 08/01/2020 - 16:43
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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O vereador Ademir Honorato (MDB) contestou os dados apresentados pelo vereador Aldinei Potelecki (PRB) durante a última sessão da Câmara de Vereadores, que aprovou mudanças no Criciumaprev. Segundo Honorato, o deficit não reduzirá 10% ao ano conforme foi prometido, e além disso, a redução na alíquota cobrada do sindicato patronal vai prejudicar a questão.

“Vai só piorar. Ele fez o comentário de que o aumento de 11% para 14% dos funcionários diminuiria o deficit em 10%. Não mexe nem 1% do deficit total em um ano, só com a relação do funcionalismo. Nem no total daria 10%, ainda mais mudando 3%”, afirmou o vereador. 

Para Honorato, hoje a conta está equilibrada, mas pensando no futuro, o deficit calculado em 2020 poderá ser de R$ 950 milhões, sendo que atualmente está na casa dos R$ 750 milhões, pensando nos próximos anos. E a falta de concursos públicos, para a entrada de novos contribuintes, piora a situação, garantiu.

“Vai aumentar o deficit, é a falta de dinheiro em caixa, para pagar os que vão se aposentar daqui 10 ou 15 anos. Não é uma dívida de momento, atualmente tem R$ 100 milhões em caixa. Isso está dando para pagar os aposentados atuais, mas com os anos passando vai aumentando e isso vai aumentar o rombo”, explicou o vereador.

Quanto é o rombo?

Conforme o vereador, essas mudanças vão travar ainda mais o Criciumaprev. Antes o conselho era formado de outra maneira e servia para defender os direitos dos servidores, ainda segundo o vereador, agora isso vai ser decidido pelo prefeito. “O conselho terá quatro indicados pelo paço e quatro pela entidade, então os oito votam, e se der empate o presidente desempata. Agora vai ficar este problema”, comentou.

Ademir Honorato imagina que como a alíquota para os funcionários subiu de 11% para 14%, o valor cobrado do sindicato patronal deveria ir de 28% para 31% ou 32%, o que não aconteceu, já que houve uma redução para 18%. 

“Eu vou fazer uma conta com salário-base de R$ 6 mil, com 11%, daria R$ 660,00. Com o aumento para 14% ele pagaria R$ 840, então ele vai pagar R$ 180 a mais, vezes a média de 3.500 funcionários, vai dar R$ 630 mil a mais por mês. Isso é o que vai aumentar no faturamento e em um ano da R$ 7,5 milhões”, calculou o vereador.

O Criciumaprev vai passar a arrecadar mais dinheiro de um lado, só que menos do outro, e bem menos. Além disso, a forma como o projeto foi encaminhado e votado não agradou o parlamentar, para ele, o legislativo teve o seu poder reduzido nas duas votações, algo que também diminuiu o poder do funcionalismo e a fiscalização que acontecia.

“O patronal estava em 28%, seria R$ 1.680,00, se ele pegou e baixou para 18%, vai tá pagando hoje R$ 1.080, diminuindo R$ 600,00 mês. Então podemos pegar estes R$ 600, vezes 3.500 funcionários, dá R$ 2,1 milhões por mês, vezes 12 vai dar R$ 25,2 milhões, ou seja, isso é o que vai diminuir da arrecadação”, frisou.

E para fechar os cálculos, R$ 25,2 milhões menos R$ 7,5 milhões dá R$ 17,7 milhões, que seria o deficit anual, segundo Ademir. O Criciumaprev continuária recebendo R$ 80,6 milhões por ano.

Para Ademir, a mudanças na lei beneficia Salvaro

No fim de novembro o Ministério Público (MP) moveu uma ação contra o prefeito Clésio Salvaro (PSDB), relacionada com a primeira CPI do Criciumaprev. Para Ademir Honorato, a aprovação desta nova lei pode beneficiar o chefe do poder executivo em sua defesa contra este caso.

“O prefeito recebeu uma condenação por improbidade administrativa, mas com essa lei agora, ele vai usar isso em defesa dele, agora a lei tá aprovada. Para mim foi mais para obstruir a justiça do que para qualquer outra coisa. Essa lei aprovada ontem, futuramente, vai ser parte do processo de defesa do prefeito”, analisou.

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