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Não pode apagar críticas ao governo das redes do governo

Esse é o objetivo de projeto apresentado pela deputada Ana Caroline Campagnolo, que bateu forte no governador Moisés
Por Redação Florianópolis, SC, 24/10/2019 - 16:53
Foto: Eduardo G. de Oliveira / Agência AL
Foto: Eduardo G. de Oliveira / Agência AL

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As críticas da deputada Ana Campagnolo (PSL) ao governador Carlos Moisés marcaram a sessão ordinária desta quinta-feira, 24, da Assembleia Legislativa (Alesc). Em seu pronunciamento na tribuna, a deputada se disse indignada com posições tomadas por Moisés em questões de interesse do eleitorado conservador catarinense. “Seu eleitor e nós, deputados estaduais, estamos indignados com as posturas que o senhor tem tomado, contrárias aos princípios conservadores, cristãos e de direita que moveram a onda Bolsonaro”, afirmou a parlamentar. “O senhor não seria governador se não fosse Jair Messias Bolsonaro e a onda de Bolsonaro em Santa Catarina.”

Campagnolo listou a questão da tributação dos defensivos agrícolas. “Numa onda totalmente contrária à que move o governo federal e o Ministério da Fazenda, o governador pretendia e pretende taxar os agrotóxicos, prejudicando Santa Catarina, que basicamente tem uma economia sustentada pelo agronegócio.”

De acordo com a parlamentar, a posição dela e de outros deputados motivou um pedido de expulsão deles do partido. “Para conseguir hegemonia total do partido, nomeia Fabio Schiochet, nosso deputado federal, que levou na surdina o pedido de expulsão, para me tirar do partido a pedido do governador Moisés”, acusou.

Duas questões a respeito da educação também foram alvo de críticas. A deputada disse ter perguntado ao governador se ele se posicionaria de alguma forma em defesa do projeto de lei do deputado Bruno Souza (sem partido) que permite a educação domiciliar no Estado. “O governador Moisés deu risada na minha cara da pauta da educação domiciliar, disse que era conversa fiada, uma baboseira. Ele desdenhou toda a militância conservadora que luta pela educação domiciliar.”

Já no debate sobre a inclusão ou não do termo “identidade de gênero” no plano de ensino, ela disse que Moisés recuou por causa da pressão conservadora. “Ou seja, se nós, conservadores, cristãos e de direita não tivéssemos feito nada, o termo identidade de gênero seria autorizado pelo governador no currículo.”

Ana Campagnolo reclamou da dificuldade de agenda de deputados e prefeitos com o governador e secretários. “Os deputados foram eleitos pelo povo, temos a legitimidade de representar você que está nos assistindo. Os secretários foram escolhidos pelo governador e deveriam atender os representantes do povo sem demora, deveria ser prioridade para eles.”

Comentários deletados

Ana Campagnolo criticou Moisés por ter o hábito, segundo ela, de mandar apagar comentários negativos em suas redes sociais e páginas do governo na Internet. “Foi a internet que ajudou a eleger o senhor, e agora vai para a internet bloquear comentários dos eleitores e não só deles, mas desta deputada. Porque na ocasião que o senhor publicou uma foto ao lado do presidente Bolsonaro, eu fui lá e comentei que o senhor era um oportunista. Se for lá procurar meu comentário, não está lá. Não sei por que o senhor está apagando os comentários.”

Ela anunciou ter protocolado um projeto de lei que “proíbe de deletar mensagens, comentários e afins, visíveis ao público dos perfis e páginas do governo do Estado de Santa Catarina nas redes sociais”. Se aprovada, a lei prevê multa de R$ 5 mil, com a arrecadação destinada ao Fundo Estadual de Educação.

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