Em dezembro do ano passado, a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) assinou um protocolo de intenções com o Instituto Butantan para aquisição das vacinas Coronavac. O movimento acabou despertando o interesse de diversos outros estados brasileiros, que também acabaram firmando parceria com a instituição, e, de acordo com o secretário de Turismo de São Paulo, Vinicius Lummertz, ajudou a pressionar o Governo Federal para aprovação da vacina contra a Covid-19.

Inicialmente, o Programa Nacional de Imunização contra o coronavírus estava previsto para começar somente em fevereiro. Em São Paulo, a data era mais urgente: final de janeiro. Neste domingo, 17, diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovaram por unanimidade o uso emergencial da Coronavac e, também, da vacina de Oxford.

“A ação da Fecam ajudou SC, mas ajudou também o Brasil. Na medida em que a Federação veio a São Paulo, visitaram o Butantan, conheceram e sentaram com o governador no palácio, todos puderam observar a força e necessidade que havia de derrubar as resistências do Governo Federal com relação a prazos e o tempo”, disse Vinicius. “No dia em que o feito da Fecam ficou conhecido no Brasil todo, pela assinatura do primeiro convênio com o Butantan, outras federações vieram”, completou.

Entidades de estados como Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás seguiram o movimento da Fecam e também firmaram convênio com o Butantan para aquisição de doses da Coronavac. “Isso aumentou a pressão para que o Governo Federal saísse da sua lentidão, suas dúvidas e comunicação errática, hora dizendo que ninguém precisava vacinar, hora dizendo que sim”, afirmou o secretário.

Com a aprovação neste domingo, espera-se que até quarta-feira se inicie a imunização do primeiro grupo prioritário contra a Covid-19 em todo o Brasil: os profissionais da Saúde. Ainda nesta segunda, as doses da Coronavac deverão chegar em território catarinense, onde serão catalogadas pela equipe da Secretaria de Saúde e distribuídas aos municípios.