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Mais uma tonelada de tainhota no Rincão

Pesca da espécie dá fôlego após uma safra fraca da anchova e da corvina no fim de 2018
Por Bruna Borges Balneário Rincão, 22/02/2019 - 07:21
Divulgação
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O dia ontem foi de festa para os pescadores do Balneário Rincão. Ao tirar suas redes do mar, eles contabilizaram mais de uma tonelada de tainhota, espécie comum para a época do ano. Somando às pescarias anteriores, já foram aproximadamente 16 toneladas do peixe pescadas esse ano no balneário.

Segundo o presidente da Colônia de Pescadores Z-33, João Picollo, a boa safra dá um fôlego em um momento de dificuldade. “Esse pescado vem para minimizar o prejuízo que o pescador daqui teve com a anchova e a corvina. A anchova entrou em defeso dia 1º de dezembro e a corvina a época era de setembro a dezembro, mas não veio o peixe, foi muito fraco”, conta.

A maioria do resultado da pesca já é vendida na própria praia. “A pesca é muito importante para o Balneário Rincão porque as pessoas vêm para cá e querem comprar o peixe fresquinho, elas já compram na beira da praia mesmo. Depois elas passam nos mercados, compram os demais ingredientes e preparam o peixe por aqui, por isso é muito importante”, pontua Picollo. 

“O peixe que não é vendido na beira da praia, vai para os mercados ou é absorvido para os frigoríficos de Tubarão, Jaguaruna, Laguna e outras cidades”, complementa. A expectativa é de que até o mês que vem a tainhota apareça mais vezes na orla do Rincão. “Tem ainda esses dias de fevereiro e todo o mês de março que ela tem condições de voltar”, explica. 

Tainha em maio

Passado o período da tainhota, começa a espera por mais uma espécie muito apreciada pelo público, a da tainha. “A tainhota é um peixe de muita qualidade, mas que tem que ser consumido rápido. Já a partir de maio começa a época da tainha, que vai até o fim do mês de junho, é quando ela aparece”, comenta Picollo.

Benefício para 400 famílias

A pesca de 16 toneladas de tainhota em 2019 não é a única novidade positiva para os pescadores de Balneário Rincão. A partir de hoje, as aproximadamente 400 famílias que dependem da atividade e estão cadastradas na colônia começam a receber o seguro-defeso, um benefício financeiro do Governo Federal que é repassado aos pescadores durante as épocas em que é proibido pescar determinadas espécies.

“O seguro-defeso está sendo liberado a partir de amanhã (hoje), já temos muitos pescadores encaminhando os pedidos. O seguro-defeso da anchova já era para ter sido liberado no dia 1º de janeiro, mas só agora, quase fim de fevereiro, que ele vai ser pago”, observa Picollo.

“Já estavam todos desesperados, porque não pode pescar o peixe e o seguro não vinha, todo mundo com compromissos para honrar. Mas agora vai começar a ser liberado”, declara o presidente. 


 

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