O ex-treinador do Criciúma, Lisca, revelou que o presidente Jaime Dal Farra pretendia reduzir o salário dos jogadores e por isso o elenco acabou sendo reduzido na virada de 2017 para 2018. O profissional foi entrevistado no programa Interligados, da Rádio Inferno, nesta quarta-feira (25). Segundo Lisca, ele foi bem tratado na cidade, mas deixou o clube devido ao choque de ideias com as do presidente.

O acerto para treinar o Criciúma aconteceu no dia 10 de dezembro de 2017, após longa negociação. Segundo Lisca, inicialmente a proposta era contar apenas com jogadores jovens, enquanto ele queria um elenco para brigar pelo título.  O contrato só foi assinado após a chegada do executivo de futebol Newton Drummond, o Chumbinho.

“O Chumbinho me chamou, ele disse que ia convencer o presidente a contratar. Pô Criciúma, aqui do lado. Um time sempre considerado favorito, um belo estádio, um bom centro de treinamento, embora precise equipar. Ai eu fui e começamos a renovar com os jogadores que estavam lá, fui em dezembro, não conseguimos renovar com nenhum jogador, nenhum”, afirmou Lisca. 

O treinador revelou também que no Tigre teve o menor salário da carreira, aceitando a proposta apenas pela oportunidade. Destacou a campanha pífia no começo do Catarinense, que depois melhorou com a chegada de Argel Fucks e a contratação de jogadores experientes. O projeto do treinador começou a piorar com a saída de Chumbinho para o Vasco da Gama, no dia 24 de janeiro.

“Além dos jogadores não quererem ficar, o Criciúma queria diminuir o salário dos jogadores, eu disse pro Jaime que isso era uma utopia. Eles saíram e ficamos sem ninguém, só os meninos da base. Com 25 dias de trabalho o Chumbinho saiu para o Vasco. Ai eu fui conversar com o presidente, tudo o que eu tinha falado ele voltou atrás, não vamos investir, não vamos trazer, vão ser os meninos, então achei que não tinha condição de ser campeão. Eu falei, não é pra mim, paguei minhas contas, a rescisão e fui embora”, contou Lisca.