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Jorginho Mello admite que 2023 foi mais difícil do que o esperado

Em entrevista exclusiva, governador faz avaliação positiva: “ano difícil, mas com muitos ganhos”
Por Renan Medeiros Criciúma, SC, 22/12/2023 - 18:33 Atualizado em 22/12/2023 - 19:46
Foto: Roberto Zacarias/Secom
Foto: Roberto Zacarias/Secom

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Com o primeiro ano de mandato praticamente concluído, o governador Jorginho Mello (PL) faz uma avaliação positiva da gestão. Em entrevista exclusiva à jornalista Maga Stopassoli, da Rádio Som Maior, o chefe do Executivo estadual admite ter sido um início de governo mais difícil do que imaginava, mas valoriza os resultados e faz críticas à administração anterior.

“A gente superou e entregou muita coisa boa na saúde, na educação, na infraestrutura, na área de energia, não é? Eu estou muito feliz em estar encerrando um ano com muita dificuldade, de resultado e ganhos para a população de Santa Catarina”, resumiu o governador.

Ele lembrou que as enchentes impuseram sacrifícios ao povo catarinense e exigiu uma guinada nas prioridades do Governo do Estado. "Foi mais difícil por causa das enchentes. Machucou muito Santa Catarina. O Alto Vale sofreu, arrasou. Deu enchente em todos os cantos de Santa Catarina, no Sul, no Norte, no Leste, no Oeste, no Vale, então as enchentes deram um prejuízo só na agricultura de R$ 5 bilhões. Roças, safras que foram perdidas, estoque, safra", citou.

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Ouça a entrevista completa (o texto continua depois):


De todas essas áreas, Jorginho elegeu a infraestrutura como a que mais lhe tirou o sono. O governador acusou a gestão anterior de emitir “ordens de serviço fake”. Segundo ele, foram iniciadas obras impossíveis de serem concluídas no tempo previsto por não haver previsão orçamentária e nem licenciamento ambiental.

“Obras fora da realidade, obras infladas. Nós estamos fazendo cortes, adequações, falando a verdade que os prefeitos têm entendido: que a gente só dá ordem de serviço naquilo que a gente vai fazer de verdade. Confiança não se compra, se conquista ao longo da vida e eu prezo muito por isso”, declarou.

Para “fazer de verdade”, o governador aposta em financiamentos. Santa Catarina já tem aprovado R$ 1,5 bilhão em empréstimos. Segundo ele, a operação de crédito é necessária por ter recebido a gestão com “R$ 2,8 bilhões de furo”.

Dificuldades financeiras à parte, Jorginho considera que a decisão de não aumentar impostos, como pressionam outros governadores, foi uma vitória do povo catarinense. “Os outros estados quiseram aumentar. Eu disse lá no princípio que não iria. O Paraná aumentou para 19,5%, nós estamos nos 17% aqui, firme e forte”, valorizou.

Outra promessa feita na campanha e que se mostrou mais difícil do que o governador imaginava foi a de zerar a fila de cirurgias eletivas. Embora considere o SUS “o melhor plano de saúde do mundo”, Jorginho criticou a defasagem dos valores pagos aos hospitais pelos procedimentos e valorizou a iniciativa da secretária Carmen Zanotto de complementar significativamente com recursos do Estado.

Universidade Gratuita e o que 2024 reserva

Se há uma iniciativa que o governador possa chamar de primeira grande vitória, é o Universidade Gratuita. Após intensas discussões na Assembleia Legislativa e no Judiciário, o programa está em vigor, embora a Acafe e os deputados tenham apontado a necessidade de ajustes a partir de 2024. “É um programa extraordinário, sucesso nacional, case nacional”, enalteceu Jorginho.

Para o segundo ano, a expectativa é que a infraestrutura deixe de ser uma dor de cabeça e passe a ser uma das marcas positivas da gestão, assim como um incremento no ritmo das cirurgias eletivas.

“Nós vamos deixar as estradas boas, é um dos grandes projetos. Nós vamos consolidar o trabalho que a deputada Carmen fez na saúde. Esse plano de ajuste que ela fez, o programa de valorização dos hospitais, do custeio, botando disciplina isso, não vai ficar que nem a casa da mãe Joana, que todo mundo pede, todo mundo clama. Com critério, vamos acabar ou quase diminuir ou quase zerar com todas as dificuldades de cirurgia”, assegurou o mandatário do Governo do Estado.

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