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Governo anuncia 68 novos leitos de UTI neonatais e pediátricos em SC

Araranguá, Criciúma e Tubarão serão os municípios beneficiados no Sul de Santa Catarina. A cada dia, casos de bebês e crianças com necessidade de internação vem a público no Estado
Por Redação Florianópolis, SC, 30/05/2022 - 15:00 Atualizado em 30/05/2022 - 17:12
Foto: Mauricio Vieira / Secom
Foto: Mauricio Vieira / Secom

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A falta de leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica e neonatal é um problema que persiste em Santa Catarina. Como alternativa para driblar a carência do Estado, o governador Carlos Moisés anunciou, na manhã desta segunda-feira, dia 30, a abertura de 68 novos leitos, em até 90 dias. A medida foi tomada após articulação envolvendo a Secretaria de Estado da Saúde com as unidades hospitalares.

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Há pelo menos 15 dias, a falta de leitos em UTI pediátrica e neonatal veio a público em Santa Catarina. Desde então, novos casos surgem a todo instante. Um dos mais recentes foi em Criciúma. Uma criança, que teve três paradas cardíacas por conta de bronquiolite, precisava de uma vaga neste fim de semana, mas não conseguiu. 

Caterine Joaquim, mãe do pequeno Gabriel, se viu no drama em busca de um leito de UTI. A criança foi diagnosticada com bronquiolite, após apresentar sintomas de infecção viral. No sábado, dia 28, o menino foi levado pelos pais para o Hospital São José, em Criciúma. 

"A médica colocou ele em observação, primeiro raio X deu tudo bem, na medida do possível. Só que ele deveria ficar de observação até as 19h. Por volta das 15h, o quadro respiratório dele começou a piorar, vindo a ter a necessidade de ser internado em uma UTI. O segundo raio X deu que ele está com bronquiolite", conta a mãe. "Ontem [domingo], deu três paradas cardíacas. Eles estão fazendo de tudo. Estão sendo excelentes, adaptaram o que puderam aqui dentro. Estão fazendo quase o impossível. A gente precisa dessa vaga de UTI urgente", explica.

Este é apenas um, de vários casos que se tornaram públicos nos últimos dias. Diante da pressão e, principalmente, da necessidade, nesta segunda-feira, o governador de SC anunciou a abertura de 68 novos leitos no Estado. Eles serão implantados em até três meses. No Sul, hospitais de Araranguá, Criciúma e Tubarão serão beneficiados. 

Os hospitais que terão os novos leitos de UTI são: Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, com 9 leitos neonatal; Hospital Pequeno Anjo, em Itajaí, com 6 leitos de UTI pediátrica; Hospital Azambuja, em Brusque, com 8  de neonatal e 2 de pediátrica; Hospital e Maternidade Jaraguá do Sul, com 2 de pediátrica; Hospital Infantil Jesser Amarante Faria, em Joinville, com 10 de pediátrica; Hospital Regional Alto Vale, em Rio do Sul, com 4 de neonatal; Hospital Regional de Araranguá, com 5 de pediátrica; Hospital Materno Infantil Santa Catarina, em Criciúma, com 7 de neonatal; Hospital Regional de São José, com 10 de neonatal; e Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão, com 5 de pediátrica.

Segundo o Governador Carlos Moisés, a abertura de novos leitos é algo complexo. “Não é qualquer hospital que pode ter leito de UTI, precisa estar habilitado pelo Ministério da Saúde. Além disso, a maior dificuldade hoje está na contratação de profissionais para colocar em funcionamento leitos de UTI, como intensivistas, pediatras, por exemplo. Nós estamos pactuando com vários hospitais habilitados e vamos ampliar essa oferta nos próximos dias. Mas além dessa ampliação de 68 leitos em todas as regiões de Santa Catarina, é importante destacar a participação da sociedade em seu papel, cumprindo o esquema de vacinação de crianças, adolescentes e adultos que refletem na imunização dos bebês”, explica. 

Os dados do painel da transparência deste domingo, 29, consta que o Estado está com 294 leitos de UTI neonatal e mais 89 pediátricos ativos, distribuídos nas sete macrorregiões. A abertura dos novos leitos significa um incremento de 13% nos leitos de UTI neonatal e 33,7% nos leitos pediátricos.

“Há um trabalho contínuo e estratégico para que a ampliação se dê de forma segura e possa abarcar a demanda que, principalmente, as doenças respiratórias têm imposto ao Sistema de Saúde. Além das estratégias imediatas, também estamos trabalhando na abertura de novos leitos a longo prazo pensando que ainda temos meses de inverno pela frente,” projeta o secretário Aldo Baptista Neto. 

Para a abertura dos leitos serão realizados novos convênios que permitirão às unidades a compra de equipamentos e contratação de recursos humanos. Neste sentido, várias superintendências estão envolvidas no trabalho de articulação para que os leitos estejam em pleno funcionamento o mais breve possível, a partir de 10 dias.

O movimento de ampliação já vem ocorrendo. No último mês foram ativados cinco leitos de cuidados intermediários neonatais no Hospital Regional de São José, além de 17 leitos de internação no Hospital Infantil Joana de Gusmão. 

“O Governo do Estado está avançando desde que assumimos. Antes da pandemia tínhamos 196 UTI neonatais, hoje chegamos a 298, ou seja 52% de ampliação da oferta de leitos. Temos que lembrar que foi feita uma grande campanha contra a vacinação, isso está relacionado a essa grande demanda por atendimento, junto ao período sazonal de baixas temperaturas. Até agosto acreditamos que distensione essa pressão sob leitos de UTI na saúde pública e privada. Pois já comprovamos que a saúde privada também não tem leitos. Temos recursos e estamos atentos, se não há vaga na saúde pública, iremos comprar leito na privada em Santa Catarina ou em outros estados”, reforça o Governador Carlos Moisés.

Demais ações da Saúde

Dentro do escopo das ações da SES está o apoio aos municípios para a melhoria e ampliação dos serviços nas Unidades Básicas de Saúde e na de pronto atendimento, com incremento no Cofinanciamento da Atenção Primária aos municípios.

“De acordo com levantamento, foi identificado que 95% da demanda na emergência do Hospital Infantil Joana de Gusmão, na capital, poderia ser suprida com oferta de serviço na saúde básica da Atenção Primária, ou seja, nos postos de saúde. Os municípios não estão conseguindo ofertar até pela dificuldade em contratação de pediatras, que normalmente buscam outras carreiras que remuneram melhor que trabalhar nos postos de saúde. Então iremos ajudar ainda mais os municípios, pois recurso o governo tem. A saúde não é só alta complexidade hospitalar, a Atenção Primária evitaria essa pressão nas emergências públicas e privadas no que diz respeito às doenças respiratórias e virais neste período de inverno”, informa o Governador Carlos Moisés.

Outro pilar de ação da SES está na estratégia da ampliação da campanha de vacinação. A baixa cobertura vacinal tem preocupado as equipes de saúde. Até o momento foram aplicadas pouco mais de 138.165 doses de vacinas contra influenza em crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade, das quais 26.495 foram primeira dose, 1.492 foram segunda dose e 110.178 doses únicas. Isso equivale a uma cobertura de 31,2%, muito abaixo da meta a ser alcançada de 90% de cobertura até o final da campanha.

Quanto à Covid-19, já foram aplicadas pouco mais de 440.743 doses em crianças de 5 a 11 anos, das quais 293.100 foram como primeira dose e 147.643 doses foram de segunda dose, completando o esquema vacinal.

Tags: utis sc sul de sc

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