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Seis crianças aguardam por vagas em UTI pediátrica no Sul de SC

Há 15 dias, diversas mães viviam o mesmo drama em busca de leitos para seus filhos
Por Stefanie Machado Criciúma, SC, 30/05/2022 - 10:51 Atualizado em 30/05/2022 - 11:00
Foto: Arquivo/ 4oito
Foto: Arquivo/ 4oito

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A falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica e neonatal parece ser um problema recorrente e persistente em Santa Catarina. Em Criciúma, uma criança, que teve três paradas cardíacas por conta de bronquiolite, precisava de uma vaga na UTI neste fim de semana, mas não conseguiu. Há 15 dias, uma situação bastante similar aconteceu quando várias mães foram em busca de leitos para os seus filhos, mas sem sucesso.  

Segundo o secretário municipal de Saúde, Arleu da Silveira, o fim de semana foi de orientação à família, uma vez que a disponibilidade de leitos é de responsabilidade do Governo Estadual. "Falei com a gerente regional, porque é competência do estado, como todos já sabem. Mas nós da Secretaria de Saúde não deixamos de dar orientações aos familiares. Mais um momento muito triste, de muita tensão. Hoje pela manhã recebi a notícia de que a criança aderiu um quadro viral de isolamento. Agora a situação ficou um pouco mais complicada do que já estava porque precisaria de uma UTI neonatal de isolamento", conta. 

A situação agravar ainda mais, uma vez que o inverno está chegando e aumenta o risco de quadros virais. "Já faz três semanas que nós passamos por uma situação idêntica e o Governo do Estado tem que girar o botão para a saúde para as UTIs, tem que dar um aporte maior para o nosso infantil e recurso financeiro em obras. Tem que se movimentar, tanto aqui quanto na macrorregião do Araranguá", salienta. De acordo com Silveira, há seis crianças na fila à espera de uma vaga na UTI. 

O relato da mãe 

Caterine Joaquim é mais uma mãe que se viu no drama em busca de um leito de UTI. Seu filho, o pequeno Gabriel, foi diagnosticado com bronquiolite após apresentar sintomas de infecção viral. No sábado (28), a criança foi levada pelos pais para o Hospital São José, em Criciúma. 

"A médica colocou ele em observação, primeiro raio X deu tudo bem, na medida do possível. Só que ele deveria ficar de observação até as 19h. Por volta das 15h, o quadro respiratório dele começou a piorar, vindo a ter a necessidade de ser internado em uma UTI. O segundo raio X deu que ele está com bronquiolite", conta a mãe. "Ontem [domingo], deu três paradas cardíacas. Eles estão fazendo de tudo. Estão sendo excelentes, adaptaram o que puderam aqui dentro. Estão fazendo quase o impossível. A gente precisa dessa vaga de UTI urgente", explica.

No domingo (29) à tarde, a família conseguiu uma vaga de UTI em Tubarão, que foi negada posteriormente por conta da transmissibilidade do quadro. "O pediatra informou que precisaria fazer um exame específico para ver qual era a situação viral dele. Se era transmissível ou não. Deu bronqueolite e negativo para Covid, H1N1 e H2N3. Então ele precisa de isolamento. Aí eles negaram a vaga porque ele precisa de uma UTI neonatal com isolamento específico para ele", informa. 

Diante da situação, a família tentou contato com a Defensoria Pública, mas não foram atendida. "Cada dia, cada hora dele aqui é pior para ele. Precisa urgente de uma UTI. Estamos aqui na luta para salvar a vida dele", enfatiza. No momento, a única vaga que atende às necessidades do menino Gabriel no estado está em Blumenau. Mas, para transferi-lo para este hospital, é preciso um caução no valor de R$ 200 mil. 

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