Na região carbonífera, Forquilhinha é o que mais chama a atenção pelo aumento no número de casos confirmados de Covid-19 nos últimos dias. O município saltou de 64 para 124 casos confirmados em apenas uma semana. 

O aumento de 93,7% fez o número de pacientes ativos ser maior do que o de já recuperados do vírus. Dentro dos 124 positivados, 59 estão recuperados, 64 ativos, além de uma morte já confirmada no município. Na Amrec, apenas Forquilhinha e Balneário Rincão estão com mais pacientes ativos do que curados. 

Os casos em Forquilhinha estão distribuídos em 15 comunidades. Santa Ana com 22, Ouro Negro e Saturno com 21 são os bairros com mais infectados. Depois, Vila Franca com 16, Santa Isabel com 10 e Santa cruz com nove também se destacam. 

Na última atualização do boletim epidemiológico do município, quatro pacientes confirmados com coronavírus estão internados em leitos clínicos no Hospital São José em Criciúma. Há também um paciente suspeito que está na UTI.

Segundo o secretário de Saúde, Fabrício Ferreira, a crescente é consequência do que vem ocorrendo na região e o no estado. A avaliação é que houve um relaxamento nos cuidados após quase quatro meses da chegada do vírus. "A gente já estava esperando o pico nos meses anteriores. Toda pandemia tem o pico e acredito que a nossa está acontecendo", comentou. 

Nas avaliações dos pacientes positivados, no minímo 70% dos relatos é de pessoas que furaram o isolamento. "As pessoas continuam se relacionando, fazendo festinhas, mesmo que haja proibições. Se não faz no restaurante, faz em casa", lamentou.

O último mês foi o que mais houve confirmações na cidade. Junho conta com 74% do total de casos confirmados, contra 19% de maio, 4% de julho e 1% em abril.

Novo decreto

Baseado no decreto da prefeitura de Criciúma, os municípios da Amrec começaram a anunciar novas restrições. Em Forquilhinha, continua a obrigatoriedade do uso de máscara e agora com a proibição de eventos particulares, de consumo de bebidas alcoólicas em conveniências e limitação do horário de funcionamento de restaurantes e lanchonetes.

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A fiscalização será realizada pela Vigilância Sanitária, representantes da Defesa Civil, e por agentes de fiscalização que ficam autorizados a agir na condição de autoridade de saúde em todo território municipal. Além da Polícia e Bombeiros já definidos pelo Estado. As medidas previstas pelo decreto poderão ser reavaliadas a qualquer momento de acordo com a situação epidemiológica.