A flexibilização do isolamento social que entra em vigor nesta segunda-feira, 6, levanta a dúvida sobre o comportamento da população. A recomendação do Ministério da Saúde permanece a mesma, de evitar contato e sair de casa apenas em casos extremamente necessários. No entanto, os profissionais liberais de Santa Catarina estão aptos a retomar as atividades, desde que com atendimento restrito. A Polícia Militar (PM) continuará na fiscalização para que o novo decreto estadual seja cumprido.

Nas ruas de Criciúma, o que se viu foi um aumento do fluxo de veículos na Avenida Centenário nas primeiras horas da manhã. Nas calçadas, mais pessoas transitando, em uma rotina que quase se assemelha ao período pré-quarentena. O comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Dmitri, explicou como funcionará as ações de fiscalização da PM, que permanece da forma como foi feita até o momento.

"A PM tem três eixos de atuação, baseada nas normas e portarias das secretarias e governo do Estado. Primeiro: recebimento das denúncias, que nos chegam pelo 190, grupos de redes de vizinhos através de líderes comunitários, e do aplicativo PM Cidadão. Uma vez a denúncia aberta, ela deve ser finalizada. Primeiro damos uma advertência, essa sempre foi a nossa conduta. Após a advertência a PM notifica para que seja regularizado em uma hora. Após o descumprimento da notificação, a PM interdita o estabelecimento. É um escalonamento que a polícia usa para não prejudicar as pessoas", disse Dmitri.

Essa é, segundo Dmitri, uma atuação cidadã da PM. Desde que houve o primeiro decreto governamental, no dia 18 de março, foram recebidas mais de 400 denúncias. 27 resultaram em notificações e apenas duas viraram caso de interdição do estabelecimento. "A gente age com bastante cautela, bom senso e flexibilização", justifica o tenente-coronel.

Estão liberados para atuar os médicos, médicos veterinários, fisioterapeutas, odontólogos, biomédicos, enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, farmacêuticos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, educadores físicos, cabeleireiros, barbeiros, manicures, pedicures, depiladores, massagistas, podólogos, advogados, contadores, administradores, jardineiros, limpadores de piscina, cozinheiros, faxineiras, empregados domésticos, encanadores, entre outros.

Tais atividades podem ser desempenhadas tanto em domicílio quanto nos estabelecimentos dos próprios profissionais, desde que o atendimento ocorra de forma individual. Além disso, os serviços não podem ser realizados em shopping centers, galerias ou até mesmo centros comerciais.