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Feira que inclui no mercado de trabalho

Organização estima que cerca de 300 candidatos devem ter participado do evento na Unesc
Por Bruna Borges Criciúma, SC, 25/01/2019 - 11:11 Atualizado em 25/01/2019 - 11:12
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna

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As aulas ainda não voltaram, mas o dia ontem foi de grande movimentação na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), durante a primeira edição do Feirão de Empregos para Pessoas com Deficiência. O evento reuniu 18 empresas da região com vagas a oferecer e candidatos interessados em ter uma colocação no mercado de trabalho. 

De acordo com a coordenadora do Departamento de Desenvolvimento Humano da Unesc, Vânia Menegalli, aproximadamente 300 pessoas devem ter passado pela feira durante todo o dia. “Principalmente no período da manhã nós registramos muito movimento, até mesmo filas se formaram. Foi um sucesso muito grande e já estamos pensando em organizar uma segunda edição”, relata Vânia. 

A ideia da feira surgiu de um grupo dos setores de Recursos Humanos de empresas de Criciúma e região que sentem dificuldade para contratar pessoas com deficiência. A legislação brasileira prevê que as empresas que possuem acima de 100 funcionários precisam preencher de dois a cinco por cento dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência. 

“O grupo percebeu que as empresas compartilhavam essa dificuldade de contratação, muitas vezes por falta de acesso à informação de possíveis candidatos e também porque muitos recebem um benefício do governo e têm um pouco de medo de começar a trabalhar e perder o benefício”, comenta Vânia.

“Mas aqui, conforme recebem a informação, eles percebem que podem trabalhar, evoluir na carreira, buscar uma especialização e ter uma vida profissional como qualquer outra pessoa”, complementa a coordenadora.

Com inclusão e na busca pelo recomeço

Criciumense de 27 anos e desempregado há um ano, Ramon Breteli Pizzolo soube por meio de um amigo que o feirão seria realizado e resolveu aproveitar a oportunidade. Ele é deficiente auditivo e contou, com o auxílio da tradutora Dulcinéia Felicidade Clarinda, qual foi a sua impressão do evento.

“Gostei bastante e saí confiante. Quero sair daqui trabalhando e buscar o meu recomeço, trabalhar para construir a minha casa”, afirma Ramon. Ele comenta que é complicado se colocar no mercado de trabalho por conta da sua deficiência. “A minha família não tem muita informação, isso dificulta um pouco”, relata.

Inclusão social

Entre as empresas que participaram do evento estava o Hospital São João Batista, de Criciúma. “Aqui nós tentamos buscar diminuir a dificuldade que existe dos dois lados, tanto do deficiente em ser incluído, quanto das empresas em incluir. Porque todas as empresas aqui praticam a inclusão social e eu acredito que, mais do que preencher essa obrigação legal, o mais importante é essa inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho”, declara Maria Flávia.

Para ela, a avaliação da primeira edição do evento foi positiva. “Acredito que vamos conseguir fechar algumas vagas com os cadastros que fizemos aqui. Também vamos analisar depois todos os currículos, porque nós decidimos compartilhar os currículos de todos que vieram aqui com todas as empresas participantes. Muitas vezes um perfil que procurou outra empresa não interessa a eles, mas interessa para mim, por exemplo”, explica Maria Flávia. 

Curso gratuito

A Betha Sistemas também participou do feirão e, além de cadastrar os candidatos, a empresa divulgou a informação de que em fevereiro abrem as inscrições para uma nova turma do Curso de Tecnologia da Informação voltado para pessoas com deficiência. O curso é realizado em parceria com o Bairro da Juventude, é gratuito e tem cinco meses de duração, com aulas uma vez por semana. 

“Nós temos muitas vagas no setor de programação e é difícil encontrar as pessoas com a qualificação necessária, por isso nós oferecemos o curso gratuito e ao final dele nós fazemos um processo seletivo para uma possível contratação”, afirma a analista de RH da Betha Sistemas, Jaqueline Elias. 

“Na última turma do curso nós tivemos 10 alunos e dois deles foram contratados pela empresa”, complementa. Mais informações podem ser obtidas pelo email [email protected]. O feirão de empregos de ontem também contou com a parceria da Prefeitura de Criciúma e do Sistema Nacional de Emprego (Sine). 

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