O Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (DNIT) poderá atrasar a entrega da BR-285 na Serra da Rocinha, entre Timbé do Sul e a divisa com o Rio Grande do Sul, prevista para dezembro. Foi o que admitiu no fim da tarde desta terça-feira, 8, em entrevista ao programa Ponto Final na Rádio Som Maior, o engenheiro Névio Carvalho, superintendente-substituto do DNIT em Santa Catarina.

"Caso persista essa dificuldade com o tempo, a gente não descarta. Vamos priorizar a segurança, se a gente avaliar que ainda precisará ser feito algum tipo de contenção adicional, não vamos entregar se não preencher todos os critérios de segurança", comentou. "Hoje ainda é possível afirmar que dá para entregar em dezembro. Se lá na frente a gente avaliar que por segurança será necessário atrasar um pouco, não vamos hesitar", destacou.

Acontece que as chuvas constantes dos últimos dias vêm atrasando o cronograma e ocasionando deslizamentos, como o registrado neste começo de semana em Timbé do Sul. A rodovia, inclusive, está bloqueada, sem previsão de reabertura nesta quarta-feira, 9. "Foram dois pontos de deslizamentos, suspendemos os comboios de hoje e amanhã. São rochas de tamanho significativo que deslizaram perto do último viaduto que está praticamente concluído. Temos outros três viadutos prontos", detalhou.

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A limpeza do trecho está em andamento. "Próximo a esse viaduto tivemos o deslizamento maior, o outro de menor porte é no alto da Serra, perto da divisa com o Rio Grande do Sul", apontou. "Pelas condições de tempo e local não teremos condições de liberar nesta quarta. Só vamos poder prever durante os trabalhos de remoção das rochas", relatou.

As obras nas contenções

O engenheiro contou que há oito pontos onde o cronograma das obras da BR-285 prevê o reforço nas encostas, para evitar deslizamentos como este depois que a rodovia estiver liberada plenamente ao tráfego. "São oito pontos da Serra da Rocinha, onde passa a rodovia, que faremos essas contenções. São trabalhos extremamente necessários, obrigatoriamente teremos que fazer antes de entregar a obra", argumentou. "Tem alguns outros pontos que vai ser possível trabalhar após a entrega, sem riscos de cair encostas na pista", garantiu. "Nesses, vamos continuar fazendo obras depois da entrega", emendou.

Dos oito pontos de encostas que requerem intervenções, um está em obras para contenção. "Os outros sete pontos tiveram seus projetos prontos recentemente. Estamos detalhando a questão do orçamento necessário para poder viabilizar", explicou. "Não estavam inicialmente previstos no orçamento original", contou.