Entenda o que muda nos impostos sobre investimentos

O cenário tributário mudou nas últimas semanas, reviravolta no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o anúncio de um novo pacote de mudanças no Imposto de Renda (IR) foram as principais mudanças. Corforme o contador Jonas Roque Dagostim, da Roque e Carradore Contadores Associados, em entrevista à Radio Som Maior nesta sexta-feira (20), as alterações têm impactos imediatos para os investidores e também efeitos de longo prazo. 

Ao contrário do Imposto de Renda, que só pode começar a valer no ano seguinte à sua aprovação (2026), o IOF não precisa respeitar essa regra. Dessa forma, o novo decreto entrou em vigor no momento em que foi publicado. "O IOF tem uma função regulatória, serve para controlar o mercado, o consumo, o fluxo. Então por isso que pode valer no dia para a noite", reforçou Jonas. 

O novo IOF atinge operações de financiamento, como compra de veículos, empréstimos pessoas e até resgates de seguros. Além disso, agora há cobranças de IOF no momento da aplicação de determinados investimentos. "O IOF era regressivo, só valia se o resgate fosse feito nos primeiros 30 dias. Não existia antes, nenhum investimento que você pagava um IOF no aporte antes", destacou.

Apesar de já estar valendo, o aumento do IOF ainda pode cair. O Congresso aprovou a urgência para votar a derrubada do decreto, que agora depende do Senado. Enquanto isso, permanece em vigor.

Ouça na íntegra a entrevista com o contador Jonas Dagostim: