A situação do Criciúma não era nada boa quando o clube anunciou a contratação do técnico Gilson Kleina. Sob o comando do interino Wilsão, o Tigre recém havia perdido para a Chapecoense, jogando no Estádio Heriberto Hülse, pela 12ª rodada do Campeonato Catarinense. O revés colocava o Tricolor a seis pontos do G-4. Poucos acreditavam em uma classificação do Tigre. Mas, agora, para isso acontecer, basta uma vitória cima do Hercílio Luz neste domingo. É o necessário para o Criciúma entrar em uma nova competição e brigar pelo título.

É assim que o treinador Gilson Kleina tem tratado a possibilidade de ir às semifinais do campeonato estadual. “Se tudo correr bem, e nós classificarmos, eu vejo o mata a mata como outro campeonato”, avaliou. “Pelo regulamento, é um jogo só e na casa do adversário. Desde minha chegada aqui, infelizmente, só podemos fazer dois jogos em casa. Os demais tem sido tudo fora. Estamos definindo a nossa pontuação fora de casa”, apontou o Kleina.

Ele tem razão. Após o técnico chegar ao Criciúma, foram cinco jogos até então. Ao todo, 15 em disputa e 10 conquistados, sendo sete fora de casa. E se a intenção é se classificar sem depender de resultados paralelos, o Tricolor Carvoeiro, mais uma vez terá que buscar os três pontos longe do seus mandos.

“Jogo de interesses diferentes na reta final da competição, mas com objetivos bem aflorados. Uma equipe que trabalhará pela manutenção e outro pela classificação. Então vamos trabalhar a nossa equipe para ser focada nisso. Que nós possamos continuar aumentando nossa identidade. E, claro, que o jogador aumentem sua confiança”, destacou o comandante do Criciúma.

Não vai esperar pelo adversário

A estratégia está traçada. Mesmo fora de casa, o Criciúma precisa da vitória e Gilson Kleina garante que a sua equipe não jogará recuada tentando se aproveitar das brechas do adversário. Até porque, em caso de uma derrota diante do Hercílio, o Criciúma precisaria torcer para uma derrota do Marcílio Dias contra o Figueirense para conseguir se classificar. Então, para não sofrer sustos, o Tigre necessita buscar os três pontos.

“Não podemos descaracterizar. Não adianta você enfrentar um jogo difícil como vai ser contra o Hercílio e posicionar a marcação lá atrás. A gente só chamar o adversário”, disse. “Agora tem que ter equilíbrio nos momentos de pressão, de colocar a bola no chão, nos momentos de transição e todos os fatores que um jogo pede e que podem acontecer”, emendou. Kleina diz conhecer as dificuldades que irá encontrar na partida. O Leão do Sul jogará toda as suas fichas contra o Tigre. O time tubaronense ainda briga para ficar com a última vaga fora da zona de rebaixamento.

“O Hercílio é uma equipe que nos últimos jogos que só não vem vencendo por detalhes. Se não me engano, teve dois ou três pênaltis que eles erraram que poderiam ter saído com a vitória. Uma equipe competindo bastante. Chama a atenção os laterais. É um time agudo que ocupa bem os espaços. Vamos ter que competir e fazer um jogo intenso, como foi na quarta-feira”, projetou.