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Eduardo Moreira relembra a briga com Amin e o desfecho que levou 23 anos 

Políticos não se cumprimentavam desde as eleições de 1994
Por Erik Behenck Criciúma - SC, 27/11/2017 - 16:17 Atualizado em 27/11/2017 - 16:22
(foto: Amanda Farias)
(foto: Amanda Farias)

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Durou 23 anos a briga entre o vice-governador, Eduardo Moreira (PMDB), e o deputado federal, Esperidião Amin (PP). O caso foi contado por Moreira, durante entrevista ao Programa do Avesso. Segundo ele, a situação foi iniciada em 1994, há poucos dias da eleição para o Governo do Estado. A rivalidade teve alguns capítulos marcantes, até o desfecho acontecido recentemente.

“Depois de 23 anos, eu o Esperidião nos cumprimentamos em Brasília. A atitude foi minha, sou educado, de boa índole. Em 1994, faltando cinco dias para as eleições do Governo do Estado, José Augusto Hülse era candidato a vice do Paulo Afonso, no segundo turno. Eu tinha ido para Florianópolis, o Esperidião veio aqui e disse: ‘José Augusto Hülse, burro ou ladrão, não há meio termo’. A imprensa me ligou, eu disse ‘burro, safado e mentiroso é esse senador psicopata’”, contou o atual vice-governador, que na época era prefeito de Criciúma.

A disputa entre Moreira e Amin foi parar na justiça. O caso foi julgado mais de três anos depois, com vitória do atual vice-governador, que não voltou atrás em suas palavras.

“Ele entrou na Justiça contra mim, em dezembro de 97, três anos e pouco depois, teve uma audiência no Tribunal de Justiça, com o desembargador, o procurador da justiça, eu e meu advogado, ele e o advogado dele. O desembargador perguntou se no dia tal eu tinha dito no jornal, e eu afirmei que sim, segundo ele era uma audiência de reconciliação e pediu para eu mudar o que havia dito, mas eu falei que só faria se ele mudasse o que havia falado sobre o vice-governador da época. Ganhei o processo por dois a um”, afirmou Moreira.

Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, aconteceu um encontro entre os dois, mas sem possibilidade de acerto. Outra chance foi em 2003, durante a cerimônia de passagem de cargo, quando Esperidião Amin era governador e passaria o posto para Luiz Henrique da Silveira e Eduardo Moreira como vice-governador.

“Ele me negou a mão uma vez em Brasília, na Casa Civil, quando Fernando Henrique era presidente. Pensei: ‘Ele não vai ter mais oportunidade de me negar a mão’, quando eu assumi, em 1º de janeiro de 2003, no discurso dele não me cumprimentou e nem me insultou, em outros eventos cada um ia para um lado”, garantiu. 

Eduardo Moreira guardou a ação de Amin e em 2017 deu o troco. Ele estava como governador em exercício e aproveitou a oportunidade para retribuir, porém, diz estar arrependido.

“Há quatro ou cinco meses eu fui em Joinville, na posse de uma associação, tinha quase mil pessoas, no discurso eu estava como governador em exercício, passei, um sentado do lado do outro, o Paulo Bornhausen levantou para me cumprimentar e o Esperidião também, e eu passei direto por ele”, lembrou.

Também em 2017, Moreira teve uma atitude diferente, em uma reunião na Secretaria da Agricultura, cumprimentou Amin, colocando fim no caso. “Aquilo me fez muito mal e fiquei constrangido, não é da minha formação. Um mês atrás, teve uma reunião da JBS, tava o João Paulo Kleinübing, o Dário Berger, o Colatto, Ricardo Zanotto e o Esperidião. Disse para ele que iria lhe cumprimentar, e ele aceitou”, finalizou o vice-governador.

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