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Do risco de ruir ao renascimento

Balneário Rincão investe em restauração de igrejinha tombada com mais de sete décadas de história
Por Émerson Justo Balneário Rincão, SC, 26/01/2019 - 12:15
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna

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A primeira igreja construída em Balneário Rincão, em louvor a Nossa Senhora dos Navegantes, é tombada como um patrimônio histórico da União desde abril de 1988. Ela está passando por um processo de restauração. Erguida em 1943, a igrejinha encontrava-se sob risco de desabar. Por isso, a prefeitura optou por realizar as melhorias com recursos próprios. As reformas devem ser concluídas em 30 dias.

Os trabalhos iniciaram em novembro e têm previsão de conclusão para final de fevereiro. “A princípio iria ser feito apenas a cobertura, foi solicitado ao Patrimônio Histórico para que se fizesse uma reforma, só que pela demora do tempo a Prefeitura decidiu fazer com recursos próprios. O local estava na iminência de cair já, eu tinha medo que a obra caísse, o telhado estava se soltando, tinha madeiras quebradas, havia um perigo muito grande de queda”, conta o engenheiro Nestor Back, responsável pela obra.

Como a restauração está sendo realizada com verbas municipais, outras benfeitorias foram agregadas. “A reforma está em andamento. A cobertura está toda pronta, foi refeito o forro e toda a instalação elétrica. Terá também uma iluminação externa e colocaremos pisos no entorno”, relata. A obra está orçada em R$ 118 mil.

Conforme Back, como o local é tombado, houve a necessidade de comunicar à União sobre a restauração. A arquitetura característica da cultura açoriana está sendo mantida. “Está sendo feito tudo conforme era antes. O forro tinha uma configuração em linhas diferentes e isso foi respeitado. O tipo de telha e a pintura será feito conforme estava antes também”, destaca.

Museu Arqueológico

A igreja recebeu fiéis por 43 anos, até que em 1985 foi desativada. Depois disso, em 1997 houve a inauguração do Museu Arqueológico Igrejinha Nossa Senhora dos Navegantes. Até o início da restauração, o local abrigava um acervo arqueológico de materiais coletados pela equipe de arqueólogos da Universidade do Rio dos Sinos (Unisinos) de São Leopoldo, Rio Grande do Sul.

Foram quatro anos de escavações da equipe que renderam descobertas de cemitérios indígenas, acampamentos e sambaquis. O acervo conta com materiais de caça, urnas funerárias, vasos cerâmicos, restos alimentares, dois sepultamentos, posters das escavações e outros objetos doados pelos nativos de descendência açoriana e indígena.

“O que tinha dentro foi levado para outro local, e depois deve ser reposto. Mas a ideia nossa agora é voltar a receber celebrações, então, aí o museu iria para outro lugar”, conclui o engenheiro.

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