O Próspera que perdeu para Camboriú, Hercílio Luz e Marcílio Dias é o mesmo Próspera que ganhou dos favoritos Chapecoense e Avaí nos últimos dias pelo Campeonato Catarinense. Ou não é? "A gente mudou sem mudar", defendeu o diretor executivo de futebol do Time da Raça, Nei Rama, depois do 1 a 0 deste sábado (5) contra o Avaí na Ressacada, em Florianópolis.

"Na segunda-feira, depois do descanso, vai ser aquele velho bate papo do pezinho no chão", apontou, com a necessária prudência. Mas o Time da Raça que há uma semana saía de Itajaí derrotado por 3 a 0 e lanterna, sem gol marcado nem ponto somado, conseguiu superar duas vezes os prognósticos em quatro dias. Na quarta-feira (2), fez 2 a 0 na Chapecoense em Tubarão e só não repetiu a dose neste sábado no placar por força de um braço que carregou a bola.

"Foi uma infelicidade o gol não valer", lamentou o atacante Gabriel Henrique. Foi dele o golaço dos 38 minutos do primeiro tempo, quando ele foi área adentro driblando três jogadores do Avaí e mandou para a rede. Enquanto ele comemorava, a arbitragem constatou que Gabriel havia usado o braço para conduzir a bola. Falta marcada e gol anulado. "Eu não sei se tocou, eu não senti no braço, eu senti só a bola na coxa", disse, em entrevista à Rádio Som Maior. "Eu tirei um, depois outro, eu vi que dava para bater, daí vi que dava para bater. Que pena que não valeu", lembrou, narrando o lance do golaço anulado.

Foi um jogo marcado por gramado pesado neste sábado na Ressacada. Por isso, o descanso é ainda mais necessário para a sequência do Estadual. "O jogo foi muito pegado, durante a chuva o campo pesou muito, dificultou bastante. Mas a gente fez um gol no primeiro tempo que ajudou bastante a nossa equipe", comentou Gabriel Henrique. O Time da Raça volta a campo na próxima quinta-feira (10). Enfrentará o Juventus na Arena Joinville, às 16h. O mando é do Próspera que, ainda sem o Mário Balsini disponível, fez acordo com o JEC para mandar a partida no Norte do Estado.

Para o atacante Ramon, autor do gol da vitória diante do Avaí, o Próspera mereceu vencer. "A gente soube sofrer", definiu. Sobre o bonito gol, ele marcou praticamente sem espaço, da linha de fundo, vencendo a defesa avaiana aos 24 do primeiro tempo, quando o campo ainda estava encharcado logo após o temporal deste sábado em Florianópolis. "Eu achei um pouco de ângulo e finalizei", finalizou.