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Deputados criticam lockdown

Parlamentares ainda falaram em "politização da pandemia"
Por Redação Florianópolis, SC, 04/03/2021 - 17:44
Foto: Divulgação
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A situação financeira de segmentos econômicos em Santa Catarina e as críticas à politização do combate à pandemia da Covid-19 foram os principais assuntos da sessão ordinária da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (4). Além disso, parlamentares discutiram a possibilidade de decretação de lockdown no Estado – e as consequências dessa medida – e a necessidade de dar celeridade à vacinação da população.

O deputado Ricardo Alba (PSL) alertou para as dificuldades enfrentadas pelo setor de eventos no Estado, uma vez que esse tipo de atividade está proibido desde o início da pandemia. “Congressos, feiras, shows, espetáculos em geral, salões de baile, empresas de sonorização estão prejudicados há quase um ano, sem poder trabalhar”, afirmou o deputado. De acordo com o parlamentar, o setor de eventos movimenta mais de R$ 200 bilhões no Brasil.

Alba defendeu a criação de uma linha de crédito da Agência de Fomento de Santa Catarina (Badesc) para socorrer o segmento. “O mínimo que pode fazer é o Badesc abrir linha de crédito, com juro zero e longo prazo de pagamento para segmento de eventos. A linha é para que as empresas permaneçam vivas e elas precisam de crédito para isso.”

A iniciativa foi apoiada em aparte pelo deputado Jessé Lopes (PSL). “Se o Estado quer que a pessoa deixe de produzir, tem que subsidiar. Se não tem dinheiro, não pode fazer lockdown.”

Politização
O deputado Fernando Krelling (MDB) bateu forte no que classificou de “politização” do debate em torno da pandemia de Covid-19. “Já ‘deu pra bola’ de ficar com briga ideológica no combate à covid. Estamos numa crise mundial. Vamos parar de brigar. Não dá para nossos líderes ficarem nessa guerrinha desde o ano passado. Se um disser uma coisa, o outro faz o contrário”, protestou o parlamentar.

Krelling lembrou que a Assembleia Legislativa devolveu R$ 20 milhões ao governo do Estado para ajudar na luta contra a doença, mas cobrou que o destino dessa verba seja a imunização da população. “Tem que usar para comprar vacina. Só temos esperança com vacina.”

Em apartes, Ada de Luca (MDB) e Moacir Sopelsa (MDB) apoiaram o colega de partido.

“Essa politização é o atraso. O paciente não quer saber do partido que o salvou, ele quer viver. Começa lá no chefe maior e isso é inaceitável. A morte está batendo à porta de todos, basta raciocinar, conscientizar. Queremos vacina já, imediatamente. Dinheiro tem. E precisa liberar prefeitos para comprar”, afirmou Ada de Luca.

“Algo precisa ser feito para diminuir a contaminação, para que os hospitais possam atender. Morto não compra nada, não precisa de emprego. Precisamos de vacina, não importa de onde vem”, disse Sopelsa.

Transparência na vacinação

Felipe Estevão (PSL) pediu aos colegas apoio a um projeto de lei de sua autoria que visa dar transparência ao processo de vacinação da população, evitando, entre outros problemas, que pessoas furem a fila de prioridades na imunização. “Em Bom Jardim da Serra, um secretário vacinou a esposa e disse que foi gesto de amor. Foi canalhice, enquanto tem gente de 70, 80 anos esperando há meses.”

De acordo com o parlamentar, o PL obriga o município a dar publicidade das ações. “A ideia não é expor, mas dar transparência ao processo de vacinação.”

Em aparte, o deputado Neodi Saretta (PT) apoiou a iniciativa, mas destacou que o centro do debate, que hoje está na questão dos “fura-filas”, é outro. “O centro da discussão é a quantidade de vacinas. Estamos clamando para que o Ministério da Saúde faça acordo com mais farmacêuticas. Não pode ter fura-fila, mas isso não pode predominar. O que precisa é de mais vacina.”

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