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Eleições 2020

De candidato para candidato, as perguntas e respostas

Na primeira rodada entre eles, as pautas sobre Criciúma foram as mais diversas
Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 18/09/2020 - 09:30 Atualizado em 18/09/2020 - 19:09
Fotos: Luana Mazzuchello / Marciano Bortolin / Vitor Netto / 4oito
Fotos: Luana Mazzuchello / Marciano Bortolin / Vitor Netto / 4oito

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Após as perguntas dos profissionais da Som Maior e do 4oito, de entidades e de empresários, os sete candidatos a prefeito de Criciúma puderam fazer questionamentos entre si no terceiro bloco do debate desta sexta-feira, 18, o primeiro encontro entre os concorrentes à prefeitura nas eleições de 2020.

Por sorteio, o primeiro a perguntar foi Professor Ederson (PSTU), que direcionou a Rodrigo Minotto (PDT). A pergunta foi sobre o desempenho das autoridades durante pandemia. ““Um momento diferente. Esta pandemia afetou, não somente o setor econômico, o CNPJ, mas o CPF de muitas pessoas. Perdemos mais de 130 mil pessoas. Este é o momento de demonstração do grande gestor. Acredito que as medidas de proteção à saúde devem continuar. O gestor tem que ter oportunidade de dar emprego e renda. Os empregadores têm que ter a garantia de que não há fechamento das empresas. Fazer o devido tratamento, poderíamos diminuir e muito o número de óbitos em nossa cidade. Tem que ter confiança naquilo que faz. Se houvesse um estimulo maior para fazer testagem em todos os cidadãos, nós faríamos.”, falou Minotto.

Em sua réplica, Professor Ederson comentou o assunto. “Nós do PSTU vimos estes três trapalhões como uma grande catástrofe. Um faz chacota, outro toma medida muito a frente dos outros governadores e afrouxa a corda devido à pressões. Na cidade não é diferente. O prefeito luta para abrir o comércio, transporte quando o número de mortes cresce. Acreditamos que deve se manter a quarentena até se ter uma vacina”, falou.

Júlia Zanatta (PL) foi a segunda a perguntar no terceiro bloco. O questionamento foi direcionado a Aníbal Dario (MDB). Ela tratou sobre uma de suas principais bandeiras que é trazer uma escola cívico militar para Criciúma. “Pode dar resultado interessante, mas não quer dizer que dê resultado para todas as escolas. Não deixa de ser, para grupos específicos, uma ideia interessante. O amor a pátria e importante, mas à cidade também. O educador deve seguir o modelos japonês, onde o professor não precisa se curvar ao imperador, tamanha a importância que ele tem”, respondeu Aníbal.

Na réplica, Júlia afirmou que a escola é uma de suas maiores bandeiras. “Precisamos colocar nas crianças o amor à pátria. Criciúma cumpre todos os requisitos, porém o município não se inscreveu no prazo, por isso não estamos em fase de implantação”, falou.

O candidato do podemos, Coronel Cosme foi o terceiro a perguntar, se direcionando ao candidato do PT, Chico Balthazar: “qual a visão do ensino fundamental”, questionou.

Chico respondeu: “A educação é a base de tudo. E nós sete que estamos postulamos o direito de gerir esta cidade, temos um fabuloso material humano composto por alunos e profissionais. Precisamos ouvir estas pessoas. O que se vê hoje, em plena pandemia, é que o prefeito, inclusive, retira direito dos professores. Temos que, primeiramente, valorizar os professores. Não temos como pensar educação sem internet. Um compromisso assumido neste debate é que nós vamos garantir internet gratuita para todos os estudantes e um aparelho, que possa ser um computador ou tablet, que garante que os alunos de famílias necessitadas tenha acesso. Temos 20 mil estudantes na rede municipal e apenas 2,6 mil na realidade de hoje estão em escola integral, chega a 13%, seis ou sete escolas. Vamos aprofundar esta discussão. A escola precisa sentir esta necessidade, os professores precisam estar de acordo com estas propostas”, pontou o candidato.

Na sequência, Rodrigo Minotto (PDT) fez a pergunta à candidata Júlia Zanatta (PL). Ele levanta o tema economia e citou empreendimentos que vêm para o Sul, mas não para Criciúma. “Penso que Criciúma precisa se libertar à servidão de poderosos, a um grupo político. Criciúma precisa ser governada para os criciumenses. Criciúma precisa ser um berço de emprego, mas para isso os empresários precisam confiar na cidade. Temos a questão do Porto Seco que não foi para frente porque tudo na nossa vida passa pro política. Tudo que acontece ou não acontece é vontade política. O emprego é o melhor programa social que pode existir na vida do cidadão. Assim recuperamos a confiança. É preciso dar vida descente e próspera para as pessoas. Precisamos de uma gestão técnica, eficiente, colocar nos cargos chave pessoas técnicas, preocupadas com a cidade. Não adianta fechar os olhos. Tem gente que precisa ter mais humildades, porque não estamos vivendo em Dubai. Estamos em Criciúma.

O prefeito e pré-candidato a reeleição, Clésio Salvaro (PSDB) foi o próximo a perguntar. Ele questionou o candidato Chico Balthazar sobre atração de empresa. “Neste debate vimos que existe duas Criciúmas: uma na cabeça do prefeito. O governo Décio Góes foi grande, planejador da cidade. Chegamos no exercício do poder depois de dois governos que arrasaram a cidade. Recuperamos e prometemos que íamos gerar 10 mil empregos para a cidade, e cumprimos. Trabalhamos muito e entregamos a cidade planejada,. E você que veio quatro anos depois, ainda pegou o nosso planejamento. Executou o Parque das Nações, Criciúma executou, por meio do Governo do Estado, a Via Expressa, e o Anel Viário. Estes números que você traz para enganar as pessoas não me movem”, repsondeu.

Salvaro responde: “Quanta besteira dita. Esta Criciúma que vocês falam que só existe na minha cabeça, existe na cabeça de mais de 80% dos criciumenses. O que existe é gestão firme e determinada de um governo que faz as coisas acontecerem”, disse.

Chico Balthazar pergunta para Rodrigo Minotto. O tema é transporte urbano e o valor da passagem. “Não parece que tem algo estranho e o que você faria para mudar?

Minotto responde: “Eu penso, Chico, que nesse momento, no meu mandato de deputado, tenho trabalhado muito para apoiar os municípios para ampliar sua estrutura e planejamento urbano. Não podemos falar somente de mobilidade urbana, mas também de mobilidade humana. Em 40 anos dobramos a população e não investimos em estrutura. São quase 98 mil automóveis, um a cada duas pessoas na cidade. Mas por ser polo regional recebe os veículos das cidades vizinhas, o que aumenta mais a forta. Precisamos ter um planejamento de desenvolvimento urbano. Temos 35 mil crianças, 15 mil com alguma deficiência, dificuldades nas calçadas. Precisamos de um anel de contorno para ciclovias, transporte conectando transporte público e ciclovias. Criciúma tem que virar uma cidade moderna, pujante, planejada com desenvolvimento social a quatro mãos, com a sociedade civil organizada. Um governo que dialogue e escute a sociedade. Não temos um setor de planejamento em nossa cidade e eu penso que podemos fazer mais. Criar um plano diretor, construindo com estas ideias", diz Minotto.


Doutor Aníbal (MDB), questiona Professor Ederson (PSTU) sobre propostas para atrair investimentos. “Tenho um time capacitado para buscar alternativas de emprego e renda. Estamos caindo, não houve atração de investidores. Candidato, como educador, quais suas políticas públicas de geração de emprego e renda?", pergunta.

Professor Ederson responde: “Acreditamos que o melhor gestor é o trabalhador. Aquele que sente na pele. Para trazer investimento, nada melhor que o trabalhador que sente na pele a falta de renda, o salário rebaixado. Acreditamos em uma gestão onde tenha o compartilhamento de ideias. Precisamos ouvir desde a menina da faxina até o médico que faz a cirurgia mais complexa. Não é com Gaeco na prefeitura nem coma política praticada nos últimos anos. Vamos ouvir todos os empresários e não meia dúzia como tem acontecido em nossa cidade. Não é ouvido os trabalhadores e é por isso que a nossa cidade está como está”, disse.

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