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Criciúma segue sem casos de dengue autóctone, mas reforça importância dos cuidados

Centro de Zoonoses monitora em torno de 600 armadilhas em todos os bairros da cidade

Por Redação Criciúma, 31/05/2025 - 15:04
Foto: Arquivo/Decom
Foto: Arquivo/Decom

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Desde o início de 2025, Criciúma não possui registro de casos de dengue autóctone (contraído no município). A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Programa de Combate à Dengue (PCD), implementado pelo Centro de Zoonoses (CCZ), tem trabalhado no combate à dengue, chikungunya e zika vírus, monitorando em torno de 600 armadilhas espalhadas pela cidade. Com a chegada do inverno, a tendência é que a proliferação do mosquito Aedes aegypti diminua, devido às baixas temperaturas. Porém, os cuidados com água parada devem continuar.

Atualmente, Criciúma é classificada como uma área não infestada pelo vetor (Aedes aegypti), com base nos últimos boletins epidemiológicos divulgados pelo Programa de Combate à Dengue. Desde janeiro, foram detectados 152 casos suspeitos, sendo 12 confirmados e alguns ainda em análise. Todos foram classificados como importados, ou seja, contraídos em outras regiões onde a doença é considerada endêmica. O último boletim mostrou 67 focos do mosquito encontrados neste ano. Desses, dois ativos foram encontrados nas últimas 24 horas e já estão em observação. Todos os focos encontrados em diversos bairros da cidade foram monitorados pela equipe de Agentes de Combate às Endemias.

Para o secretário de Saúde de Criciúma, Deivid de Freitas Floriano, a luta contra as arboviroses, transmitidas por meio da picada de mosquitos, deve ser contínua. “Apesar de Criciúma seguir confortável em relação a outras cidades, seguimos com os monitoramentos e o acompanhamento das ocorrências, além de intensificar as orientações à população, visto que o ano iniciou com um maior número de focos do vetor em relação ao ano anterior. O clima também contribuiu para o aumento do Aedes aegypti, por conta das chuvas e temperaturas elevadas”, destacou o secretário.

Ações permanentes

Segundo a gerente de Vigilância em Saúde, Andréa Goulart de Oliveira, as armadilhas larvitrampas (pneus) são distribuídas a cada 200 metros em todos os bairros e são monitoradas semanalmente. A ação permite que os agentes coletem as larvas e pupas de mosquitos para identificação da espécie encontrada. Neste ano, aproximadamente 70% das detecções foram feitas a partir de armadilhas desse tipo.

“Sempre que há a notificação de um caso suspeito de dengue, chikungunya ou zika nas unidades de saúde, os agentes iniciam uma investigação ambiental e vetorial relacionado aos casos humanos. Desta forma, realizamos a chamada Pesquisa Vetorial Específica, que consiste em visitas em um raio de 50 metros a partir da residência do paciente, com o objetivo de identificar criadouros e a presença do mosquito Aedes aegypti. Essa ação rápida é fundamental para conter a possível proliferação e evitar novos casos na área”, explica a gerente.

Além disso, o Departamento de Investigação Epidemiológica encaminha o material biológico dos casos suspeitos ao Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) e realiza as notificações e investiga se o caso é autóctone ou não. Os agentes de endemias monitoram, a cada 15 dias, os Pontos Estratégicos (PE), como cemitérios, borracharias, reciclagens, entre outros, que são considerados vulneráveis à introdução e disseminação do mosquito, por acumularem água parada. Nesses locais, também são coletadas amostras da forma larval do Aedes para identificação. Atualmente, existem mais de 180 locais cadastrados e que estão em acompanhamento.

“Um fator que acende um alerta importante é a água parada em casa. Estamos encontrando focos do mosquito nas residências, não apenas nas armadilhas montadas em pontos estratégicos. Isso é um fator preocupante, que exige o cuidado de cada cidadão”, reforçou Andréa.

Todas as amostras de larvas e pupas de mosquito coletadas são encaminhadas ao Laboratório de Entomologia da 20ª Gerência Regional de Saúde (GERSA), que faz a identificação da espécie e comunica a confirmação da presença do Aedes Aegypti, permitindo a celeridade na execução de ações de controle dos focos.

Orientações da Secretaria Municipal de Saúde para combater a dengue:

- Eliminar qualquer foco de água parada;
- Tampar caixas d’água e lixeiras;
- Manter calhas limpas e desentupidas;
- Utilizar repelente, especialmente em áreas com vegetação ou perto de rios e córregos;
- Procurar atendimento médico em caso de sintomas.

Em caso de suspeita, a recomendação é procurar atendimento médico imediatamente. A febre alta e repentina, acompanhada de dor de cabeça, dor muscular ou nas articulações e mal-estar geral, pode indicar infecção por dengue. A notificação rápida contribui para conter a disseminação da doença e garante o início imediato das ações de controle.

Denúncias

Como forma complementar ao serviço rotineiro do Programa, a Vigilância Sanitária registra denúncias feitas pela população, ao observar locais que apresentem fatores de risco para a proliferação do mosquito. Para reportar irregularidades, o cidadão pode denunciar por meio da Ouvidoria do Município, no número 156.

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