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Covid-19: um paciente, dois testes e dois resultados diferentes

Situação inusitada ocorreu em Criciúma e pode ser atribuída à taxa de confiabilidade dos testes rápidos
Por Guilherme Nuernberg Criciúma - SC, 19/05/2020 - 10:10 Atualizado em 19/05/2020 - 10:17
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Dois testes para Covid-19 realizados. Um resultado positivo e outro negativo. E agora? A situação ocorreu com um idoso em Criciúma na última semana. Após receber a equipe da Secretaria de Saúde da prefeitura de Criciúma, que está realizando testes aleatórios na cidade para estimar o avanço da epidemia, o idoso testou positivo para Covid-19 na coleta realizada em casa. 

Carregados de dúvidas, os familiares decidiram realizar uma "prova real". No segundo teste rápido, agora realizado no hospital da Unimed, o resultado foi negativo. "Não é uma falha, mas o teste rápido não é preciso como a gente queria que fosse", avaliou o presidente da Unimed Criciúma, Leandro Avany Nunes. De acordo com o médico, o sucesso na aplicação do teste depende muito do período de infecção do paciente. "O teste PCR, que é realizado nos hospitais, também pelo Lacen, é realizado entre o 3º e 8º dia. Se o paciente tiver pouca carga viral, ele não ira expelir o vírus pelo nariz e poderá dar negativo", explicou. 

De acordo com a bioquímica responsável pelo laboratório municipal de Criciúma, Andrea Goulart de Oliveira, o teste é realizado novamente nos casos em que o resultado é positivo, sem necessidade de nova coleta. "Usamos dois testes diferentes, se um da positivo realizamos a contraprova com outro teste, mas mesmo assim as vezes a sensibilidade dos teste é diferente e você pode não identificar", comentou. 

Mesmo com a dubiedade, o paciente deve levar em conta o resultado positivo, pela possibilidade de ter ocorrido um falso negativo. "Independente de outros resultados que podem não ter aparecido por alguma técnica usada, é muito importante o isolamento", afirmou a bioquímica.

Reação cruzada

Outra possibilidade de interferência no resultado do teste é a vacina para a H1N1, que começou a ser aplicada na população. "Alguns estudos recentes mostram que a pessoa que tiver feito a vacina pode ter reação cruzada, mas isso ainda não é definitivo", comentou Andrea. A contaminação por outros tipos de coronavírus também podem interferir, mas não é o caso para brasileiros.

Tags: coronavírus

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