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Corpo de Bombeiros de SC reunido após mais de 50 dias em Brumadinho

Equipes devem retornar para Minas Gerais e ajudar nas buscas
Por Redação Criciúma - SC, 22/03/2019 - 11:19
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O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) reuniu os militares e os cães de busca que atuaram nas buscas  em Brumadinho (MG), para uma coletiva de imprensa, realizada no Centro de Ensino Bombeiro Militar, em Florianópolis. O comandante-geral do CBMSC, coronel Edupércio Pratts, relatou como se deu a mobilização da corporação para atuação Brumadinho e destacou o papel dos Bombeiros na resposta ao desastre.

“A missão em Brumadinho não terminou. Nós recebemos o pedido do Comando-Geral de Minas Gerais para que o suporte do CBMSC seja mantido. Porém, fizemos questão de prestar contas sobre tudo o que já foi feito. Os resultados continuarão aparecendo, nós continuaremos atuando, mas a partir de agora mais pontuais, seguindo a necessidade do CBMMG”, esclareceu.

Acionamento em Brumadinho

No dia 25 de janeiro o rompimento de uma barragem afetou drasticamente a cidade de Brumadinho (MG), e também mudou a rotina do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), com um pedido de ajuda.

O ofício, vindo do comando-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), no dia 29 de janeiro, solicitou auxílio com o envio de bombeiros militares especializados em intervenções em áreas deslizadas. O governador Moisés prontamente assinou a ordem de missão e permitiu que as forças-tarefa do CBMSC se deslocassem para Minas Gerais.

No dia 30 de janeiro, a primeira equipe chegou a Brumadinho e os trabalhos foram iniciados, com estudo de área, reconhecimento do local com os cães para analisar a situação e traçar a estratégia a ser empregada junto com o CBMMG. A situação era difícil, por conta do terreno totalmente alagado e instável.

“Nas primeiras horas o CBMMG nos colocou a par da operação e repassou recomendações importantes a respeito de segurança. Na chegada ficamos impressionados com a dimensão daquele cenário, a quantidade de lama, a dificuldade de nos locomover nos locais, mas traçamos as estratégias e fizemos o nosso melhor”, recordou o capitão Clemente Michels.

Atividades

Durante os dias de trabalho, os militares catarinenses realizaram mapeamentos das áreas, criaram estratégias para a busca de vítimas, aplicando os conhecimentos desenvolvidos em Santa Catarina. Além disso, o CBMSC também realizou desmanches manuais e hidráulicos, procedimento de retirada de água ou lama, para facilitar o trabalho ou acesso ao local afetado e identificação de documentos.

Foram encontradas 17 vítimas, além de centenas de segmentos de corpos, encaminhados para que sejam feitos exames de DNA para identificação. Também foram encontrados um container frigorífico, tratores, veículos, maquinários e animais vivos.

Drones

As equipes técnicas de intervenções em áreas deslizadas também realizam as buscas com drones. Santa Catarina foi o único Estado – além de Minas Gerais – a realizar as buscas no local utilizando as aeronaves não tripuladas e pilotadas remotamente. O CBMSC usou três drones, com três pilotos para o local. Os pilotos catarinenses são certificados pela corporação, que tem curso próprio para busca utilizando os equipamentos.

Saúde dos profissionais

A saúde dos bombeiros militares que foram deslocados para a missão será monitorada por meio de exames laboratoriais, realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em uma parceria entre o CBMSC e a Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Por terem passado longos períodos em contato com lama e rejeitos de mineração, é importante examinar para diagnosticar possíveis índices elevados de metais no sangue.

“Depois de devidamente orientados pelo Ministério da Saúde e autoridades do Estado de Minas Gerais, as Secretarias de Estado da Saúde estão disponibilizando a coleta e a análise laboratorial de sangue. Depois desses resultados poderemos traçar uma estratégia de cuidados de saúde”, esclareceu o secretário de Estado da Saúde, Helton de Souza Zeferino.

“A saúde dos profissionais que participaram da operação Brumadinho é uma preocupação da corporação e seguirá monitorada”, afirmou o coronel Edupércio Pratts, comandante-geral do CBMSC.

Além dos exames, que começaram no dia 18 de março, haverá também suporte psicológico. A partir dessas primeiras avaliações, os militares que necessitarem de apoio terão acompanhamento continuado.

“O acompanhamento da saúde dos militares deve ser realizado, por isso, logo no início da Operação Brumadinho, buscamos parceria com a Secretaria da Saúde para viabilizar os exames necessários”, destaca o coronel Charles Alexandre Vieira, subcomandante-geral do CBMSC.

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