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Coronavírus influencia queda de bolsas de valores, mas é hora de comprar ações

Na estreia do Programa 60 Minutos, na Rádio Som Maior, assessor de investimentos Gustavo Guarnieri deu dicas sobre como operar nas baixas do mercado
Por Heitor Araujo 02/03/2020 - 15:40 Atualizado em 02/03/2020 - 15:43
Foto: Divulgação
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Quem é ligado em investimento já percebeu que a bolsa de valores de São Paulo, a Ibovespa, está em constante queda desde o dia 19 de fevereiro. A queda brusca, de 10,6% em um período de nove dias, chega a assustar os investidores mais inexperientes, que podem vender as ações que compraram e operar com prejuízo na bolsa. Na estreia do Programa 60 Minutos, da Rádio Som Maior, o assessor de investimentos Gustavo Guarnieri, da Wise Advisors, deu dicas sobre como responder ao mercado nesses dias de aparente instabilidade.

"Não é para se desesperar nem para vender as ações. Tem que comprar ou esperar um pouco, se tem disponibilidade de caixa e sempre nós vínhamos trabalhando assim, como regra, de deixar uma parte esperando a volatilidade de mercado. Nada de pânico. A gente está comprando o valor das empresas e não o preço", explicou.

Gustavo foi perguntado pelo jornalista Arthur Lessa se a queda brusca dos últimos dias, após um período de sobe e desce no primeiro mês e meio do ano (do dia 2 de janeiro até o dia 28, a queda é de 12,5%), tem relação com a epidemia de coronavírus, na China.

"Não tem como falar 'a bolsa só caiu pelo corona'. Falando do mercado global, ele vem de uma alta de anos, décadas só de alta. É de se esperar uma correção. O investidor grande, aquelas empresas compradoras, pode aproveitar o momento de alta e dizer 'quero embolsar esse lucro'. Aí vendem as ações, uma coisa ajuda a outra, ele vende para embolsar e quem tá entrando agora se assusta, vende e tem o prejuízo", comentou Gustavo.

De acordo com o assessor de investimentos, o ideal é avaliar as possibilidades que uma empresa vai fornecer no longo prazo para quem quer investir. "Eu quero comprar a Vale, por exemplo. Tenho que estudar quanto ela me traz de retorno, qual o lucro que ela me paga. Se na quarta-feira despencou o mercado e caiu 10% uma ação, já está num preço interessante. Se comprou e caiu mais, espera mais um tempo. Quando a gente entra em ações, a gente não olha o período de um ou dois meses. A gente olha em um ou cinco anos", disse.

Ele completou que na empresa em que trabalha o foco é formar investidores. "Não tem como dar certeza de que uma ação não vai cair mais. Mas pelo tanto que caiu, é muito difícil que tenha uma queda muito maior. É muito mais provável ela subir do que cair mais. A gente tenta ensinar as pessoas a serem investidores e não especuladores. Tem que investir numa empresa em um longo período e não simplesmente especular, vou comprar, quando subir um pouco eu saio dela", acrescentou.

 

Nesta segunda-feira, a Ibovespa está operando com uma alta de 2,60%. Uma das causas, segundo o site especializado InfoMoney, é a sinalização do G-7 para medidas que visam limitar os danos do coronavírus. Para Gustavo, é difícil mensurar o tamanho, mas não tem como descartar a epidemia como um fator para as quedas. "Não tem como saber se tá caindo só pelo corona ou pela correção, mas é claro que o coronavírus tem alguma influência", concluiu. 

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