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Clésio Salvaro mantém opções abertas sobre o futuro político: “depende das circunstâncias”

Em entrevista ao programa Adelor Lessa, prefeito detalhou como encara os próximos anos
Por Renan Medeiros Criciúma, 13/12/2023 - 14:35 Atualizado em 14/12/2023 - 09:22
Foto: Maga Stopassoli/Rádio Som Maior
Foto: Maga Stopassoli/Rádio Som Maior

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A um ano de encerrar o quarto mandato de prefeito de Criciúma e sem poder concorrer à reeleição, Clésio Salvaro (PSD) é forte candidato a voos mais altos na política catarinense nos próximos anos. Ao programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, o criciumense falou sobre as possibilidades para o futuro imediato e o que vislumbra para um horizonte mais distante, como uma eventual candidatura ao Governo do Estado ou ao Senado.

“Eu até acho que isso não é uma questão de projeto. Depende das circunstâncias da vida. Para ser governador é um destino. Você imagina que, em algum momento, passou pela cabeça de Carlos Moisés ser governador de Santa Catarina? Não. Foram as circunstâncias, o momento político”, comparou.

Isso não quer dizer que Salvaro não tenha atuado para moldar as circunstâncias.

Em 2023, trocou o PSDB pelo PSD, sigla comandada em Santa Catarina por Eron Giordani e que tem a liderança de Julio Garcia como principal pilar. O novo partido também expandiu e criou bases para aumentar a presença nas prefeituras catarinenses, com um olho em 2024 e o outro em 2026. Foi assim que Salvaro e PSD se encontraram, com ambos em ascensão no cenário político estadual.

Longo prazo ainda desconhecido

Salvaro não abre o jogo sobre o longo prazo. Ao menos para 2026, não há pretensões de uma candidatura ao Governo do Estado. O contexto catarinense, atualmente, põe o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, mais perto dessa candidatura, embora não esteja descartada uma aliança entre PSD e PL. Soma-se a isso o fato de que Salvaro mantém uma relação de harmonia com o governador Jorginho Mello (PL).

O que Salvaro sabe é que, no PSD, partido que não está atrelado a nenhum extremo polarizador, ele precisará ser eleito, e não apenas votado. Foi o próprio prefeito quem, na entrevista a Adelor Lessa e Maga Stopassoli, sublinhou a diferença entre os dois termos. 

“O eleitor catarinense é muito politizado, mas, nos últimos tempos, ele tem votado mais do que eleito. Há uma diferença. Eu elejo uma proposta, eu elejo uma pessoa em quem confio. O eleitor catarinense tem praticado uma política de votar. Votar porque está associado a um projeto nacional”, analisa o prefeito de Criciúma.

Reta final de mandato

Enquanto as circunstâncias se constroem, Salvaro se dedica à reta final do mandato de prefeito e, se não fala abertamente sobre o futuro, é sempre direto quando se trata do passado.

“O que eu mais sonho é sair da prefeitura pela porta da frente, só isso. Tenho algo a ser resolvido com a minha eleição de 2012. Roubaram aquele mandato o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal, patrocinada a ação por alguns partidos políticos da região”, lembra o prefeito, fazendo referência à inelegibilidade aplicada pela Justiça Eleitoral que lhe custou a anulação da vitória obtida em outubro de 2012.

“Talvez um dos momentos mais difíceis da minha vida tenha sido aquele. O que eu mais desejo mesmo, depois da eleição do próximo ano, ao encerrar meu mandato, horas antes, sair pela porta da frente da prefeitura”.

Histórias reescritas

Enquanto busca dar aos últimos meses como prefeito de Criciúma um desfecho que apague a mágoa remanescente de 2012, Salvaro também se orgulha de colocar sob novas perspectivas o legado ambiental negativo deixado pela exploração do carvão mineral. Ele enaltece a importância da atividade extrativa para a cidade e para a segurança energética, ao mesmo tempo em que pensa num presente e futuro diferentes.

“Criciúma não é mais aquela cidade onde os caminhões de carvão de pirita sujavam a cidade. Não é mais aquela cidade onde havia piritas espalhadas por todos os cantos. Hoje o visitante não encontra mais isso. Foi resgatado o orgulho de ser criciumense. Essa é a maior obra e vamos trabalhar cada vez mais para isso”, diz.

Salvaro lembra que espaços como o Parque das Nações, o Parque da Prefeitura e o Parque dos Imigrantes eram áreas mortas, de rejeito piritoso, e hoje são pontos de lazer para os cidadãos. No dia 27 de dezembro, planeja o lançamento de um projeto que inclui a transformação de antigas áreas de mineração em locais para a geração de energia fotovoltaica para suprir a demanda das escolas da cidade e dos 100 carros elétricos que a Prefeitura de Criciúma quer comprar para compor a frota.

Ao passo em que que se ocupa dos assuntos domésticos e lança Arleu da Silveira como candidato a seu sucessor na Prefeitura, Salvaro aguarda as circunstâncias o lançarem a projetos maiores.

“Eu gosto da política, eu me encontro na política. Eu aprendi com os meus pais que a gente só vence trabalhando. Vou continuar trabalhando, não sei ainda para quê. Mas é muito melhor não ser e estar preparado, do que ser e não estar preparado”.

Ouça a entrevista completa:

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