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Caso de chikungunya é confirmado em criciumense

Sintomas começaram a aparecer após mulher voltar de viagem que fez ao Rio de Janeiro
Por Bruna Borges Criciúma, 07/02/2019 - 07:05
Divulgação/Prefeitura de Criciúma
Divulgação/Prefeitura de Criciúma

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Moradora do Bairro Nossa Senhora da Salete, em Criciúma, Daiana Tertuliano Dagostin, de 34 anos, recebeu na quinta-feira da semana passada a confirmação de que havia contraído chikungunya. Os sintomas, porém, apareceram no começo do mês, quando ela retornou de uma viagem que fez ao Rio de Janeiro.

No dia 9 de janeiro ela percebeu manchas na pele e na madrugada do dia 10 ela foi até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas do Bairro Próspera, com fortes dores nas mãos e nos pés. “Eu disse ao médico que tinha ido ao Rio de Janeiro, que tinha sido picada por um mosquito e que poderia ser dengue, mas ele disse que não era dengue e me deu um remédio para dor”, conta.

O combinado era de que ela fizesse uso da medicação e retornasse em caso de persistência dos sintomas. No dia seguinte, ela foi novamente à UPA, com dores ainda mais fortes nas articulações. “O médico que me atendeu nesse dia disse que era uma alergia e me receitou um anti-inflamatório, mas eu achei estranho e não comprei”, relata.

Depois de buscar o Hospital São José duas vezes e ainda assim não ter a certeza, ela foi ao médico particular que alertou de que os sintomas deveriam ser chikungunya. Já no dia 16, Daiana buscou a Vigilância Epidemiológica, foi encaminhada à Unidade de Saúde, onde coletou sangue para ser enviado ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Florianópolis. 

A previsão era de que o resultado ficasse pronto ainda em 20 dias, mas ainda sentindo dores, ela procurou o Lacen e no dia 23 de janeiro foi informada de que o equipamento necessário para detectar chikungunya estava em falta e que não havia uma previsão sobre o resultado. 

“Eu resolvi fazer o exame particular e no dia 28 recebi a confirmação de que era chikungunya mesmo. A minha sorte é que eu não comprei o anti-inflamatório, porque ele poderia ter me dado uma hemorragia”, declara. 

Ela reclama do atendimento que teve nos estabelecimentos públicos. “O meu médico informou a vigilância sobre o meu caso e no dia 31 eles vieram até a minha casa e me pediram desculpas, porque do dia 9 ao dia 21, se eu fosse picada por um mosquito específico e ele picasse outra pessoa, a doença poderia ser transmitida. Eu tenho um filho de cinco anos, ele estava correndo risco”, afirma. 

O chikungunya não tem tratamento, mas pode se agravar no caso de ingestão de certos medicamentos. Os sintomas são tratados para aliviar a dor, mas podem persistir por meses e até mesmo anos. “Eu fiquei 23 dias sentindo dor dia e noite sem saber o diagnóstico e ainda sinto dor constantemente. Até parei o paracetamol, porque não estava fazendo nenhum efeito”, comenta. 


 

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