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Capítulo 6 - Vidal Ramos

Os homens que governaram Santa Catarina
Por Archimedes Naspolini Filho Criciúma, SC, 30/11/2018 - 09:20 Atualizado em 30/11/2018 - 10:43

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Nasceu em Lages, a 24 de outubro de 1866, filho de Vidal José de Oliveira Ramos e Júlia Ribeiro de Souza Ramos. Casado com Tereza Fiuza Ramos, de cuja união nasceram 14 filhos: Rachel, Nereu, Hugo, Acácio, Maria Júlia, Jonas, Celso, Mauro, Ruth, Olga, Daura, Vidal Júnior, Joaquim e Nilo. Destes, Rachel era mãe do Governador Aderbal Ramos da Silva, Nereu foi o político catarinense de maior projeção nacional, chegando a ocupar a presidência da República, Celso foi Governador do Estado e Joaquim Deputado Federal em diversas legislaturas.

 

Vidal, nos períodos de 1886 a 1887 e de 1891 a 1897, foi Deputado Provincial e Estadual sendo que, no último período, Deputado Constituinte. Eleito Vice-Governador para o governo de 1902 a 1906, substituiu – interinamente – ao Governador Lauro Müller no comando da administração estadual.

Em 1906 foi eleito Deputado Federal sendo reconduzido na legislatura seguinte. Renunciou às atividades legislativas na capital federal por ter sido eleito Governador do Estado, cargo assumido dia 29 de setembro de 1910. Foi o sétimo Governador dos barrigas-verdes. Permaneceu no cargo até 20 de junho de 1912 quando passou as rédeas do governo ao presidente do Congresso Representativo do Estado, João de Guimarães Pinho.

João de Guimarães Pinho, Presidente do Congresso Representativo do Estado. Natural de Laguna, onde nasceu a 20 de março de 1862. Foi levado ao Congresso Representativo do Estado em 1907 e sucessivas legislaturas, dele Presidente de 1913 a 1917. Com a renúncia de Vidal Ramos, assumiu o governo de Santa Catarina e o transferiu, em 1914, a Felippe Schmidt.

Seus períodos administrativos foram marcados pelo desenvolvimento e pelo progresso. 

Foi autor da primeira reforma do ensino catarinense criando grupos escolares em todas as regiões do estado, Na cidade de Florianópolis constituiu o Colégio Jesuíta. 
Segundo Juvêncio de Moraes, in IV Colóquio de História da Educação, 

Em Santa Catarina no início do século XX, com o advento da República, ansiava-se por uma reforma social e do sistema de ensino, e os discursos existentes, entre governos e pedagogos, criticavam as condições precárias em que se encontravam o ambiente urbano e as escolas públicas. Objetiva-se moldar a sociedade aos contornos da modernidade, desprezando o modelo arcaico de sociedade colonial.” ... A escola, que foi inicialmente implantada, a partir deste período, vai tentar se tornar a vitrine da modernidade republicana, apontando os muitos defeitos da organização e estrutura do precário sistema de ensino existente. A falta de espaço adequado, as más condições de higiene e de material pedagógico, má formação dos professores, a falta de fiscalização escolar, foram alguns dos muitos problemas apontados.”  “...E assim, em 1911, foi empreendida uma ampla reforma do ensino pelo governador Vidal Ramos. De acordo com a coleção de decretos do governo do estado catarinense, de 1911, o decreto de número 585 resolveu reorganizar o aparelho de ensino público, a partir do Regulamento da Instrução Pública primária do estado, que estabelecia a distribuição do ensino público em: Escolas Ambulantes, Escolas Isoladas, Grupos Escolares e Escola Normal. E ainda, segundo o mesmo Regulamento, as escolas primárias ficaram subdivididas em: Grupos Escolares, Escolas Preliminares, Escolas Intermediárias e Escolas Provisórias.” “Os textos referem-se, principalmente, às Escolas Isoladas e aos Grupos Escolares, que tratavam do ensino primário, e Escolas Complementares e Escola Normal, que tratavam do ensino profissional.”

Ainda hoje a Reforma de Vidal Ramos é levada às reuniões que discutem a pirâmide educacional do Estado e sempre lembrada nos Conselhos Estadual e Municipais de Educação. 

Vidal Ramos preocupou-se com o melhoramento do setor portuário do litoral catarinense e encaminhou a solução ao problema do Contestado, no Planalto Norte catarinense, selando a paz entre este e o Estado do Paraná no que diz respeito às suas divisas territoriais.

Seu Vice-Governador foi Eugênio Luiz Müller, irmão de Lauro Müller.

Em 1915 foi eleito Senador da República, na vaga deixada por Felippe Schmidt, sendo reeleito em1918 e, posteriormente, em 1935.

Rompeu com o correligionário Hercílio Luz, Governador, tendo liderado, com seu filho Nereu, a campanha da Aliança Liberal, em 1930.

Durante seu governo foi substituído, interinamente, por Eugênio Luiz Müller, Vice-Governador e João de Guimarães Pinto, Presidente do Congresso Representativo do Estado.

Bibliografia: Corrêa, Carlos Humberto, Os Governantes de Santa Catarina de 1739 a 1982, Editora da UFSC, 1983; Arquivo Público de Santa Catarina; Wikipédia, Internet; Governo do Estado de Santa Catarina. 
Contato com o autor: [email protected]

Tags: Vidal Ramos

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