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Calor, inimigo dos hortifrutigranjeiros

Temperaturas elevadas estão prejudicando a produção e fazendo subir os preços nos supermercados
Por Émerson Justo Criciúma, SC, 09/02/2019 - 10:35 Atualizado em 09/02/2019 - 11:00
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna

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A forte onda de calor registrada no mês de janeiro, com sequências de dias acima dos 35°C, já não é mais tão intensa em fevereiro. Porém, alguns reflexos das altas temperaturas continuam sendo sentidos. Um dos problemas agora está no bolso. Ocorre que o clima prejudicou a produção de produtos hortifrutigranjeiros, que estão chegando em menores quantidades nos supermercados e, por consequência, com preços superiores.

De acordo com o vice-presidente da Região Sul da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Nazareno Dorneles Alves, as condições climáticas prejudicaram culturas de todo o Brasil. “Na produção da nossa região tivemos problemas com melancia e hortaliças, em São Paulo foi muito afetado o tomate e a laranja, já no Rio Grande do Norte, o melão. Como afeta, tem pouca produção, e com isso, tem pouca oferta e grande procura, e assim, a tendência é que o preço suba. Ainda não temos a falta, o que temos é uma diminuição da oferta e uma leve aceleração dos preços”, explica.

Os produtos mais prejudicados na região, conforme o dirigente da Acats, foram alface verde, repolho, cebola e ovos de galinha. Dos itens que vêm de outros estados, os supermercados estão tendo mais problemas de abastecimento com o mamão. 

Alves conta que os hortigranjeiros se desenvolvem melhor com climas normais, que compreendem uma temperatura entre 28°C e 30°C com chuvas regulares, mas sem grandes quantidades. “É importante que os consumidores entendam que toda a produção agrícola, seja de qualquer segmento, depende das condições climáticas para poder gerar produção e volume, atendendo a oferta e mantendo um melhor preço. Quando sofre uma influência climática, seja por excesso de chuva, calor ou frio, acaba prejudicando as culturas e consequentemente não gera uma produção adequada, vem pouca mercadoria para o mercado, gerando o aumento dos preços”, relata.

Prioridade para produção regional

Segundo o vice-presidente, os supermercados da região Sul de Santa Catarina optam por adquirir produtos hortifrutigranjeiros locais, apesar de nem sempre terem o melhor preço. “Por uma questão cultural de incentivar a agricultura familiar, nós temos a preocupação de comprar da região onde estamos inseridos. Nós só deixamos de comprar por dois motivos, quando não tem aqui ou quando o preço lá fora está muito inferior ao daqui”, destaca.

Para Alves, a região tem uma boa produção de hortifrutigranjeiros, destacando os municípios de Braço do Norte, Araranguá, Sombrio, Orleans, Meleiro, Tubarão e Turvo, mas não atendem toda a cadeia de supermercados de Imbituba a Passo de Torres. Principalmente frutas, verduras e legumes são adquiridos nos grandes centros, como a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), em São Paulo, e as Centrais de Abastecimento (Ceasa) de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e Florianópolis.

Expectativa de melhora

Com as temperaturas mais amenas para fevereiro, a expectativa do representante da Acats é que as produções melhorem e o preço diminua. “A gente tem observado, junto aos produtores, que o clima vai se manter dentro de um patamar normal e aí a tendência é que se normalize. Nós tivemos o problema, isso refletiu, mas em questão de 30 a 40 dias as coisas começam a voltar ao normal se o clima ajudar”, salienta.

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