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Barragem José Boiteux: “A decisão de fechar visa preservar a segurança de milhões de pessoas”, diz comandante-geral do CBMSC

O Ministério dos Povos Indígenas se manifestou através de uma nota oficial
Por Gabriel Mendes Vale do Itajaí, SC, 08/10/2023 - 14:43 Atualizado em 08/10/2023 - 14:44
Foto: Patrick Rodrigues/NSC Total
Foto: Patrick Rodrigues/NSC Total

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Em uma determinação do governador Jorginho Mello na noite desse sábado (7), as barragens de Ituporanga e de José Boiteux foram fechadas, e nesse domingo (8), a polícia e alguns integrantes dos povos Xokleng entraram em conflito. Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, Fabiano de Souza, explicou a decisão.

“Visa preservar a segurança de milhões de pessoas que vivem após a jusante da barragem, as terras indígenas, que ficam acima a montante da barragem, assim como todo o estado de Santa Catarina, é afetado por conta da operação”, explica o comandante-geral.

Mas segundo Fabiano, o governo vem dando todo suporte aos povos indígenas. “Tudo que acontece em José Boiteux e na reserva indigena, faz parte do que está acontecendo de Santa Catarina, as inundações provocam problemas para todo mundo e nesse momento a gente precisa ajudar a todos, tanto indígenas, quanto a população que reside após a barragem”, complementa.

O Ministério dos Povos Indígenas se manifestou através de uma nota oficial, confira:

Ministério dos Povos Indígenas está acompanhando, desde ontem (7), a situação com o Povo Xokleng, em Santa Catarina, após a decisão do governo do estado de fechar uma barragem desativada em José Boiteaux, que isolaria a comunidade indígena e poderia resultar no alagamento da Terra Indígena Laklanõ Xokleng.
 

Existe uma decisão judicial para o fechamento da barragem que foi, inclusive, acordada com o povo Xokleng, e seria executada neste domingo. A contrapartida do governo seria a disponibilização de botes e outras medidas de segurança para que a comunidade indígena pudesse se proteger no caso de alagamento em decorrência das fortes chuvas que atingem a região e o risco do fechamento das comportas que não estaria com laudo técnico calculado sobre as reais consequências.
 

Contudo, essas contrapartidas não foram cumpridas o que deixaria a terra indígena completamente desassistida, representando um risco de vida para o povo Xokleng, o que motivou os protestos que foram reprimidos pela polícia do estado, deixando dois indígenas feridos, de acordo com informações do sistema de saúde da região.
 

O MPI lamenta a violência contra os parentes e informa que já mobilizou a Polícia Federal e a Funai para garantir a segurança da comunidade indígena. Também estamos em contato com o governo do estado e demais órgãos responsáveis para se fazer cumprir os direitos do Povo Xokleng e para que a situação seja resolvida da melhor maneira possível.
 

Representantes do ministério e da Advocacia Geral da União (AGU) já estão a caminho de José Boiteaux para acompanhar de perto os desdobramentos e garantir a resolução do conflito sem novos confrontos.
 

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