Beneficiário do programa Universidade Gratuita, o angolano Luvumbo Manuel Quionza retomou o sonho de cursar o ensino superior após mais de uma década. Aos 28 anos, ele estuda Pedagogia na Unesc e representa, com sua trajetória de superação, o impacto real da política pública voltada à inclusão educacional em Santa Catarina.
Luvumbo chegou a Criciúma aos 17 anos, vindo sozinho de Angola com uma bolsa para estudar Administração. “Nunca tinha ouvido falar em Criciúma nem na Unesc. Quando cheguei, estava muito frio, achei que não conseguiria ficar. Mas fui acolhido, fiz amigos e segui com esperança.” Por dificuldades financeiras, precisou interromper o curso. Trabalhou, permaneceu no estado e, agora, voltou à universidade por meio do programa estadual. “Sou o primeiro dos 11 irmãos a estudar em uma universidade. As pessoas dizem que não têm oportunidade, mas têm. Para quem quer, tem. Só precisa correr atrás", falou em entrevista ao Programa Adelor Lessa, que nesta sexta-feira (27) foi apresentado direto da Unesc, em comemoração a universidade comunitária que celebra 57 anos. “O Luvumbo é a prova de que o programa transforma vidas. Ele já morava há mais de cinco anos no estado, se enquadra no perfil socioeconômico exigido e agora tem a chance de concluir uma graduação. Isso é inclusão de verdade", destacou a reitora Gisele Coelho Lopes.
A Unesc também se destaca pela internacionalização. São mais de 60 acordos com instituições de cerca de 50 países, e Angola figura entre os primeiros parceiros da universidade. “A Unesc forma cidadãos para o mundo. Temos uma trajetória sólida de cooperação internacional em pesquisa, ensino e extensão”, completou a reitora. A Unesc, atualmente conta com mais de 10 mil alunos na graduação e cerca de 9 mil na pós-graduação.
Ouça na íntegra a entrevista do estudante angolano Luvumbo Manuel Quionza: