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Até domingo pra sair do Heriberto Hülse

Torcida ainda não cumpriu determinação do Ministério Público, mas já estuda novo local para se instalar
Por Lucas Renan Domingos Criciúma, SC, 12/01/2019 - 11:45
Na quarta-feira, organizada tentou ensaiar nas dependências do estádio, não deu/Foto: Guilherme Hahn/Especial
Na quarta-feira, organizada tentou ensaiar nas dependências do estádio, não deu/Foto: Guilherme Hahn/Especial

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A torcida Os Tigres ainda não retirou seus materiais da sala que ocupa no Estádio Heriberto Hülse. Em novembro de 2018, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) enviou uma recomendação ao Criciúma para que as organizadas desocupassem os locais que utilizam no Majestoso, por motivo de segurança. A solicitação foi acatada e, desde então o clube espera pela saída da organizada. O prazo inicial era de 15 dias, que já se encerrou, a intenção é que a saída ocorra até este domingo.  A Guerrilha Jovem, outra torcida do Tricolor, deixou seu espaço assim que a determinação aconteceu.

O diretor de eventos da Os Tigres, Luiz Gustavo Nuernberg, aponta que ainda há um descontentamento em relação a retirada dos materiais da sala que ocupam no Heriberto Hülse. “Para a gente é complicado. Temos um alto valor em instrumentos e faixas que ficam ali guardados. Se cada membro da torcida levar seu instrumento para casa, fica muito ruim a logística”, apontou.

Segundo Nuernberg, a organizada, desta vez, deve respeitar o pedido do Criciúma e trocar seus materiais de local até este domingo. Um novo local, inclusive, já está sendo definido para armazenar os instrumentos e também os panos utilizados para decorar as arquibancadas.

“Vai ficar bem complicado. Chegamos a fazer orçamentos de algumas salas próximas ao estádio para deixar nossas coisas. Só que o custo ali é muito elevado. Os aluguéis são em média R$ 1,5 mil e vai ter que gastar mais com energia e outras coisas. Pedimos uma ajuda para o clube, mas nos falaram que no momento não tem como”, alegou o diretor.

Ensaio cancelado

A estreia do Criciúma no Campeonato Catarinense, será em casa, no Majestoso, contra o Figueirense. Assim como os jogadores se preparam para o jogo, a torcida tem se organizado para fazer a festa nas arquibancadas. Na última quarta-feira, a Os Tigres havia programado um ensaio no Heriberto Hülse, mas o evento foi cancelado.

Foto: Arquivo/A Tribuna

“Temos 12 anos de torcida e sempre ensaiamos nas arquibancadas. Na quarta-feira veio gente de longe para a gente começar os ensaios, só que o clube não deixou. Antes eles haviam até liberado, mas depois recuaram afirmando que o Ministério Público não havia autorizado. Ficamos chateados em começar o ano desta forma, sendo que a gente sempre apoio o time até nos momentos ruins”, comentou.

O impedimento dos ensaios nas dependências do Majestoso também já havia sido pontuado pelo Ministério Público em novembro. Segundo o MPSC o clube precisaria se abster de fornecer para as torcidas organizadas, ainda que cadastradas no clube, qualquer local nas dependências do Majestoso para encontros.

Criciúma quer evitar maiores problemas

Em relação ao assunto do ensaio, o superintendente do Tigre, Robson Izidro, confirma que, inicialmente, o clube havia liberado o ensaio, mas depois voltaram atrás após consultar melhor o departamento jurídico. “É complicado. A gente não proibiu, apenas seguimos uma determinação do Ministério Público. É uma decisão em todo o Brasil”, frisou.

Izidro aponta que o não cumprimento da recomendação poderia ocasionar transtornos maiores, como o interdição de estádio. “Poderiam dizer que estávamos ilegais. Até deixamos eles passarem do prazo para conseguirem se organizar, mas agora não tem mais como. Antes o clube estava de férias, não teria jogos, então não teria problemas. Agora, com a volta das partidas oficiais, precisamos tomar essa atitude. Não queremos prejudicar as torcidas, sempre fomos parceiros dos torcedores, mas não temos o que fazer”, destacou.

Foto: Guilherme Hahn/Especial

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