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Animais na praia e seus perigos

A quantidade tem relação com abandono de cães. Mas há muitos donos que levam seus pets para passear na beira mar
Por Bruna Borges Criciúma, SC, 24/01/2019 - 07:38
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna
Fotos: Daniel Búrigo / A Tribuna

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A temporada 2019 de verão vem registrando altas temperaturas e atraindo cada vez mais banhistas para as orlas dos balneários da região. Mas, junto aos veranistas, tem aumentado também a quantidade de animais na beira da praia, em especial os cães. Muitos deles são de estimação e vão acompanhados de seus donos, mas também existe a parcela dos cães de rua que acabam buscando o mar para se refrescar nessa época do ano. 

A prática, apesar de parecer inofensiva e até mesmo carinhosa com os bichos, pode trazer perigos tanto para os seres humanos quanto para os próprios animais, que não estão acostumados a esses ambientes.

Na praia de Arroio Corrente, em Jaguaruna, uma dessas situações de risco levou o marido da Angela Perito Schmitz a ter sérios problemas de saúde. O fato aconteceu alguns dias antes do Natal. “Nós estávamos passeando na praia, eu e o meu marido, e depois que nós chegamos em casa ele sentiu uma coceira no pé, mas nós não achamos que fosse uma coisa mais séria, pensamos que poderia ser um bicho de pé”, conta Angela.

“Depois a situação foi piorando, nós colocávamos gelo, pomada, mas não adiantava. Resolvemos buscar um médico, ele receitou antibiótico e pomada, mas ainda assim não melhorou”, completa.

Depois de passar por três médicos em poucos dias e sem ver uma evolução no quadro, eles decidiram buscar um angiologista. “Quando nós chegamos no consultório ele já mandou ir direto para o hospital e fez uma cirurgia. Era um bicho geográfico. Também mandamos fazer biópsia para ver se não tem mais alguma bactéria”, relata Angela. 

Fiscalização no Rincão

O bicho geográfico chega aos seres humanos justamente por ser eliminado nas fezes de animais. Na areia eles ficam mais vulneráveis ao contato com o ser humano e esse é um dos motivos para que a presença dos pets seja proibida na maioria das praias, apesar de que a legislação varia de cidade para cidade.

No Balneário Rincão há placas orientando as pessoas de que é proibido levar os animais para a orla, ainda assim, a proibição não é respeitada por todos. “Durante os sábados e domingos nós temos dois fiscais da Prefeitura que fazem a fiscalização de alvarás dos ambulantes e, aproveitando que estão na orla, eles também têm feito esse trabalho de orientação sobre cães na praia”, afirma o engenheiro ambiental do Município, Paulo Amboni.

“Quando eles encontram animais de estimação na praia eles já procuram o dono e pedem para que sejam retirados. As pessoas estão cumprindo com as solicitações. Os fiscais costumam passar duas vezes pela manhã e uma à tarde”, declara Amboni. 

Castração gratuita

Outra preocupação é com relação ao crescimento de cães e gatos sendo abandonados nos municípios litorâneos. Uma moradora do Rincão que não quis se identificar relatou que todo fim de temporada aumenta o número de animais que são deixados por seus donos e que a situação se agrava cada vez mais.

“Muitos desses cães que ficam nas ruas acabam pegando pulgas e carrapatos e também se tornam violentos. Essa semana eu precisei pegar outra rua para ir para o trabalho, porque eu vou de bicicleta e eles vieram me atacar, eram mais de 10”, conta. 

Para tentar conter a população de animais de rua, a Administração Municipal iniciou em 2018 um trabalho em parceria com uma ONG de proteção aos animais, oferecendo o serviço de castração gratuitamente. Podem participar do programa ONGs da cidade, protetores independentes (que não estão ligados a ONGs) e famílias de baixa renda cadastradas no CadÚnico. O projeto já realizou a castração de aproximadamente 600 animais. 


 

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