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AMA e Polícia Militar realizam terapia para autistas com auxilio de animais

Insituições assinaram parceria nesta segunda-feira (1º), marcando mês de conscientização do TEA
Por Giovana Bordignon 01/04/2024 - 17:35 Atualizado em 01/04/2024 - 18:00
Foto: Giovana Bordignon/4oito
Foto: Giovana Bordignon/4oito

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Os portadores do transtorno do espectro autista (TEA) de passarão a receber um tratamento especial com a ajuda de animais. Nesta segunda-feira (1º), a Polícia Militar de Criciúma e a Associação de Pais e Amigos dos Autistas da Região Carbonífera (Ama-Rec) firmaram uma parceria para desenvolver atividades assistidas e tratamentos terapêuticos por meio da equoterapia e cinoterapia. A data de lançamento do programa marca o início do mês de conscientização sobre o autismo, Abril Azul.

Foto: Giovana Bordignon/4oito

“São terapias já cientificamente comprovadas, em vista de que o portador do transtorno do espectro autista tem uma certa dificuldade com a socialização e os animais, nesse contexto, servem como ferramenta para a ruptura desta barreira. É uma terapia desenvolvida com profissionais da área da saúde, educadores físicos, fisioterapeutas, psicólogos e a Polícia Militar”, explicou o comandante do 9º Batalhão de PM, tenente-coronel Mário Luiz da Silva.

Desenvolvimento motor e psicológico

A equoterapia é um método de reabilitação que utiliza o cavalo e contribui para o desenvolvimento das atividades motoras, cognitivas, sensoriais, psicológicas e sociocomunicativas das pessoas com necessidades especiais. Já a cinoterapia assistida pelo cão é eficaz na promoção de comportamentos de autorregulação adaptativos, proporcionando a sensação de conforto e bem estar a partir da troca com o animal.

Foto: Giovana Bordignon/4oito

“O meu filho faz equoterapia há três anos, então eu sei o quão importante foi para o desenvolvimento dele, tanto motor quanto psicológico. É muito importante esse contato extensivo a todos os nossos alunos. São terapias utilizando uma equipe multi e isso faz com que eles adquiram todas as propriedades em cima do cavalo, seja a parte de coordenação ou concentração”, frisou o presidente da AMA, José Augusto Freitas.

Feedback da atividade é positivo

Além de cientificamente aprovadas, as terapias costumam receber feedbacks positivos dos autistas e familiares. “Toda a minha evolução como pessoa autista eu devo a equoterapia. Naquela época (há cerca de 34 anos), não se falava de autismo e muito menos da equoterapia, mas sem saber o meu pai me deu um cavalo e toda a minha evolução de coordenação motora, todo o meu desenvolvimento foi graças à interação com este cavalo”, contou a portadora do TEA Ana Paula Rabello.

Foto: Giovana Bordignon/4oito

Em 2018, foi realizado o último convênio com a equoterapia. Hoje, as duas instituições retomaram a parceria. O projeo deve ocorrer, inicialmente, uma vez por semana para as duas turmas em período integral da AMA. Atualmente são atendidos 260 alunos, com idades dos dois aos 42 anos.

“Esse trabalho tem um apelo emocional muito grande. A gente tem muitos alunos com TEA que precisam de um suporte emocional com o animal e isso faz com que eles adquiram confiança junto às pessoas, porque confiam no animalzinho”, disse o presidente da AMA.

Todo o projeto é disponibilizado de forma gratuita. “Saber que nessa parceria os alunos vão ter acesso a terapia sem pagar torna tudo mais acessível. Essa parceria pode fornecer esses animais, que é o mais difícil de ter acesso pelos custos. Eu acho que isso vai mudar a realidade de muitas crianças. A gente sabe que hoje essa intervenção precoce só vai contribuir ainda mais para o trabalho que a AMA já faz hoje”, acrescentou Ana Paula.

Foto: Giovana Bordignon/4oito

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