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Acostamento causa transtornos no bairro Brasília

Alagamentos constantes em rua provocam protestos da comunidade. Prefeitura promete solução
Por Émerson Justo Criciúma, SC, 18/01/2019 - 20:43 Atualizado em 18/01/2019 - 20:53
Um dos estabelecimentos que alagou com temporal da semana / Fotos: Émerson Justo / Especial / A Tribuna
Um dos estabelecimentos que alagou com temporal da semana / Fotos: Émerson Justo / Especial / A Tribuna

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Um acostamento de massa asfáltica construído pela Prefeitura de Criciúma na Rua Fortaleza, no Bairro Brasília, está causando transtornos aos moradores. A obra está dificultando o escoamento pluvial e levando o fluido para as residências, causando alagamentos e perdas. O temporal de ontem fez com que os estabelecimentos inundassem pela terceira vez em menos de um mês.

Segundo o mecânico Filipe Cruz Antunes, proprietário de uma oficina que está sendo atingida pela água, a Administração Municipal construiu o acostamento a pedido da direção da Escola de Ensino Básico Maria José Hülse Peixoto, devido ao lodo que ficava em frente ao prédio em dias de chuva. “A obra foi construída na metade do ano passado, mas o acostamento ficou mal feito. Eles colocaram asfalto onde tinha as valas para escoamento da água e agora a rua alaga e escorre sobre a pista em direção aos estabelecimentos na parte de baixo da via”, explica. 

Sujeira em residência invadida por água na rua Fortaleza

Conforme Antunes, a primeira cheia ocorreu na véspera do Natal, então a Secretaria de Infraestrutura, Planejamento e Mobilidade Urbana de Criciúma fez uma valeta rasa para minimizar o problema, prometendo solucionar o caso no dia 7 de janeiro. “Eles vieram aqui e fizeram algo improvisado, disseram que iriam voltar para terminar o trabalho e até hoje nada. Na chuvarada de terça-feira encheu tudo e agora novamente. Os moradores perderam muitas coisas, sem falar na sujeira que fica e precisamos limpar tudo”, relata. O mecânico ainda conta que o escoamento da chuva vai para um terreno do município, que está há mais de dois anos sem receber cuidados de limpeza e, por isso, atrapalha a vazão da água, aumentando o enchimento do local.

Segundo a costureira Vilma Alano Souza, uma das primeiras moradoras do Bairro Brasília, há 15 anos no local, era frequente os alagamentos neste trecho anos atrás, até que a Prefeitura construiu bocas de lobo e solucionou o problema. Porém, com a construção do acostamento o problema voltou a ocorrer. “Meu porão encheu tudo, molhou minha cama box, armário de comida, vários móveis. A água veio tão forte que abriu até um buraco no muro. Colocamos tábuas na porta e ficamos tirando a água com rodo para não entrar na casa, mas mesmo assim foi difícil impedir a entrada”, comenta.

Rua foi fechada ontem em sinal de protesto

Indignados com o descaso, os moradores fizeram um protesto exigindo providências. Colocaram cones e fitas reflexivas de sinalização, além de veículos em cima da via, impedindo a passagem do trânsito no local. O tráfego ficou parado por aproximadamente três horas. A desobstrução foi feita com a chegada da Polícia Militar e da Defesa Civil.

Problema será resolvido

Para o chefe do Pátio de Máquinas da Prefeitura de Criciúma, Verceli Coral, o que está acontecendo não é normal, por isso, hoje ele irá no local encontrar uma solução ao problema. “Deve ter alguma obstrução no dreno, prometi que vou lá ver o que precisa ser feito. Ali eu tenho que ver se vou fazer uma drenagem secundária ou algo assim”, afirma.

Coral concorda que a obra foi construída errada, mas acredita que não é por isso que está ocasionando os alagamentos. “Aquele acostamento está mesmo mal feito, tem que arrancar e rebaixar, mas acho que o problema não é esse, porque eu fiz uma vala na outra enxurrada, então não era para estar acontecendo isto. Mas eu tenho conhecimento e vou ver o que posso fazer”, ressalta. Ele ainda afirma que é difícil o escoamento dar conta devido às fortes chuvas deste verão.

Pedestres precisam desviar do barro

Em relação a área do município, o chefe destaca que a limpeza não é o problema. “O terreno amortece a velocidade da água, serve até para conter. A questão é da boca do dreno para frente, eu tenho que ver o que houve, porque não era normal alagar ali”, finaliza.

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