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Pompeia

Por Benito Gorini 22/09/2022 - 17:55 Atualizado em 22/09/2022 - 17:55

Que milagre é este? Nós te imploramos, terra,

fontes potáveis! O que nos manda o teu seio?

Também há vida no abismo? Mora oculta na

lava nova raça? Volta o que fugiu?

Vinde, ó gregos e romanos! Vêde! Pompeia,

A velha Pompeia é de novo encontrada!

De novo se constrói a cidade de Hércules!“

O poema de Schiller nos revela o assombro que a descoberta de Pompeia e Herculano despertou no século XVIII. Em 1738 Maria Amália Cristina, da corte de Dresden, desposou Carlos de Bourbon, rei das Duas Sicílias. A rainha, amante das artes, estimulou a exploração das áreas próximas a Nápoles, descobrindo estátuas e imagens soterradas pela última grande erupção do Vesúvio, no ano anterior. Graças ao interesse da rainha as escavações prosseguiram, trazendo à tona as cidades de Herculano, encontrada sob 15 metros de lava vulcânica e Pompéia, soterrada a menor profundidade por cinzas e “lapilli”, formações rochosas de diversos tamanhos expelidas pela erupção do Vesúvio em 79 d.C. Ao contrário de outras descobertas arqueológicas, parcialmente destruídas pelo tempo, o trágico destino das duas cidades italianas revelou o exato instante da catástrofe, conservando o “modus vivendi” da época, fonte de muitos conhecimentos históricos, arquitetônicos, artísticos e sociais para a nossa época. 

A visita a Pompeia nos revela todos os detalhes da cidade. Após ingressarmos no sítio arqueológico pela Porta Marina, uma pequena caminhada por uma estreita rua calçada com pedras irregulares nos leva ao centro da antiga cidade. A visão das ruínas do Templo de Júpiter, com o Vesúvio desafiador ao fundo, é inesquecível. A Basílica, uma construção originalmente destinada à magistratura e posteriormente copiada pela igreja para a construção de seus templos, e o senado, complementam  o Fórum, sede das decisões políticas, religiosas e jurídicas.

O imponente Vesúvio visto do Fórum | Foto: Istockphoto

As termas, próximas ao Fórum contavam com água quente (caldarium), morna (tepidarium) e fria (frigidarium). A arquitetura das casas era bastante peculiar, com um espaço aberto no centro para recolher a água da chuva, um local para refeições (triclinium), os quartos e um jardim nos fundos da residência, o peristilo. O famoso mosaico do cão com a advertência “cave canem” na casa do poeta trágico, é  uma atração muito visitada. Nos arredores da cidade encontram-se os afrescos eróticos da Vila dos Mistérios e como não poderia deixar de ser, os bordéis.

A inscrição “Cave Canem” na Casa do Poeta Trágico | Foto: Wikipedia

Os turistas, viajando pela Itália, não podem deixar de visitar e admirar estes monumentos históricos, inspiradores de filmes, livros, teses acadêmicas e pinturas. Na região da Campânia, onde se localiza Pompeia, poderão subir a íngreme encosta do vulcão até a enorme cratera, visitar Nápoles e seus inúmeros museus, a maravilhosa ilha de Capri e sua gruta azul, a encantadora Sorrento com sua bela música e o visual incomparável da magnífica estrada que serpenteia pela costa amalfitana.

O Castel Nuovo (Maschio Angioino), em Nápoles | Foto: Arquivo Pessoal

 

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