O Ibovespa caiu ontem 0,44%, fechando aos 137.273 pontos, impactada pelos dados do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, que apontaram piora no resultado das contas públicas na divulgação.
O aperto das contas públicos motivaram a criação de um bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento.
Também motivou o movimento do índice a queda dos papéis da Petrobras, que caíram 1,32% acompanhando a baixa de 1,29% do petróleo no mercado internacional.
O dólar inverteu o sinal e fechou em alta ante o real. A moeda americana subiu 0,32%, cotada a R$ 5,66.
No exterior, os principais índices de ações americanos ficaram perto da estabilidade, com investidores preocupados com a dinâmica fiscal do país.
Mas o fato do dia mesmo aconteceu depois do fechamento das bolsas e foi a pataquada do Ministério da Fazenda no aumento do IOF, Imposto sobre Operações Financeiras.
Ficou claro que o raciocínio de gasto é vida empenhado pelo Governo atual não está funcionando e a conta foi jogada para o cidadão brasileiro por meio de aumento de impostos.
Num anúncio apenas, o Governo atingiu:
- Contas internacionais (Nomad, Wise,…)
- As empresas que precisam tomar crédito
- Os fundos de previdência
- Fundos de investimento com ativos estrangeiros
- Investidor estrangeiro
O anúncio causou revolta no mercado e na população, tanto pelo aumento nominal dos custos com impostos, quanto pelo viés de controle financeiro, podando a liberdade de o cidadão investir em outras economias ou, por que não, viajar, já que até comprar moeda estrangeira em espécie teve o imposto triplicado.
E, pra piorar, o Ministro Fernando Haddad e a Fazenda, de novo, voltaram atrás ainda na noite de ontem e retiraram as mudanças na tributação de fundos nacionais que investem no exterior e para remessas ao exterior com fins de investimento.
E esse retorno, apesar de reduzir parte do impacto, é ruim por dois motivos. Primeiro porque, de novo, mostra a falta de convicção do Governo ou que seguem trabalhando com o conceito de tubo de ensaio.
Além disso, fica a impressão de que o Governo recuou do arrocho ao contribuinte. E isso não aconteceu. Lançaram vários impostos novos, tiraram dois ou três. O resto fica.
Movimento ruim, perspectivas ruins…