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Por que meu filho continua se comportando mal?

Por Ananda Figueiredo 20/10/2017 - 16:00 Atualizado em 20/10/2017 - 16:35

 

Você sabe o que seu filho ou filha mais quer? Um brinquedo novo? Aquele tênis da propaganda? Eu não conheço o seu filho, mas sei o que as crianças, em geral, querem: atenção. Minutos em que você realmente está na presença dele, prestando atenção somente nele; um tempinho em que você está ali em essência e que ele é seu mundo. Lindo isso, não é mesmo? Mas, e se eu te disser que muitos pais e mães têm dado esta atenção nas horas erradas?

Costumo dizer que atenção negativa também é atenção. Vamos lá: seu filho, como toda criança, em algum momento terá um comportamento que você desaprova. Pode ser um momento de birra em local público, uma desobediência na escola seguida de uma reclamação da professora, um empurrão no amigo no parquinho… Diante disso (se você já tiver abdicado da punição física, como todas as linhas da psicologia e da pedagogia orientam), você chegará em casa, sentará em frente ao seu filho e dará início a um "sermão". Dezenas e dezenas de frases tentando fazê-lo entender que agiu errado, explicando as consequências e qual seria a melhor forma de se comportar naquela situação. Claro, esta orientação precisa ser feita. No entanto, além do fato de que as crianças, em geral, não conseguem manter sua atenção e ter um bom nível de compreensão em conversas muito extensas, temos aqui uma outra questão: naquele momento, na hora do sermão, seu filho conseguiu sua atenção plena. Movidos por nossas emoções, algumas vezes por decepção e até pela raiva, estamos ali, concentrados em dizer como nos sentimos e o quanto ele precisa melhorar. De tudo isso, o que a criança entenderá melhor é: quando eu não me comporto da forma que meus pais desejam, eles me dão a atenção que eu tanto quero. É claro que este não é um processo consciente, mas nós sabemos que as crianças são muito mais perceptivas do que nós. No outro dia, quando o comportamento dele foi ok, como nossa rotina não permite grandes momentos de descanso ou de brincadeira com os pequenos, nos ocupamos em dar banho, dar comida, conferir as tarefas e pôr para dormir. Tudo isso, com a cabeça na programação do dia seguinte. Assim, a necessidade de atenção real que nossos filhos querem não é atendida. Moral da história: você acabou de ensinar ao seu filho a continuar agindo diferente das suas orientações.

Mas então, o que fazemos? Minha dica é: acostume-se a atender a real necessidade de seu filho, a necessidade da sua atenção plena, mas nos momentos positivos. Dê elogios, lhe diga e mostre com as suas atitudes o quanto ele ou ela é uma criança especial. Quando ele não se comportar adequadamente - e nós sabemos que isso vai acontecer muitas vezes ainda -converse com ele, mas em poucas palavras. Ou seja, não dê atenção à ele, só ao problema. A situação é, certamente, muito menor do que o amor que você tem pelo seu pequeno - demonstre isso na forma que você empenha seu tempo e atenção.

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