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A felicidade (e a realidade!) de ser mãe

Por Ananda Figueiredo 10/05/2018 - 18:00 Atualizado em 11/05/2018 - 10:59

Você já leu aqui muitos textos sobre relacionamentos, muitos ainda sobre dicas para a educação e o desenvolvimento saudável dos nossos filhos. E aí, mesmo que não seja esta a intenção, muitas vezes estas dicas repercutem como mais uma regra do que fazer ou do que é proibido fazer enquanto pais e mães de crianças ainda pequenas.

Hoje, entretanto vamos deixar isso tudo um pouquinho de lado. Quero falar sobre a maternidade, quero falar com as mamães. Quantas expectativas você tinha quando soube que seu filho estava a caminho, não é mesmo? Quantos textos, quantas dicas do que fazer você se apropriou e planejou utilizar! Tudo isso somado aos inúmeros comentários, propagandas e outras tantas formas de incutir em você que o amor de mãe é incomparável e que ser mãe é maravilhoso! O que tenho a dizer sobre isso? Que tudo é verdade!

Amar um filho é diferente de amar qualquer outro serzinho no mundo, e pesquisar e se apropriar de teorias sobre como educá-los é um processo natural e saudável para aquelas que desejam ser boas mães – ou seja, todas nós. Mas, neste caldeirão, me parece que falta um ingrediente: não costumam nos dizer que ser mãe não é somente sinônimo de amor e felicidade. Ser mãe é abdicar. É cansar. É ficar angustiada, ansiosa. É sentir raiva. Ser mãe é mais um papel social das humanas que somos e, por consequência da nossa humanidade, um papel executado com imperfeição. E aí, é nessa hora, na hora da raiva, do desespero, do não saber o que fazer, que você prova ser uma boa mãe.

Parece-me que nosso desejo enquanto mães é fazermos do nosso fillho uma criança/futuro adulto feliz, certo? Pois bem, de uma coisa eu tenho certeza: a base de um filho feliz é uma mãe com saúde mental. Mas, afinal de contas, o que é ter saúde mental? Entre outras coisas, ter saúde mental significa compreender e aceitar nossas limitações e emoções e reagir proporcionalmente a cada uma delas (e, reparem, eu disse a cada uma delas, não só às boas emoções, ok?). Em outras palavras, admitir que está estressada, irritada, cansada, admitir que não sabe algo é tão importante para o desenvolvimento do seu filho quanto mostrá-lo o quanto você o ama, o quanto é feliz e sabida.

Pensando nisso, hoje minha dica é para você, mamãe: quando for necessário, esqueça momentaneamente os princípios da educação positiva, a idealização de mãe perfeita, e dê-se um tempo. Se precisar, ligue a TV para ele hoje. Coloque-o para dormir e sirva sua taça de vinho. Ou ainda, leve seu filho no parquinho e pegue seu celular para poder ter uns minutinhos sobre um assunto que não seja maternidade. Tudo bem, dê pizza, batata frita ou refrigerante para ele, só por hoje tudo bem. Se precisar ainda, ligue o som do carro bem alto para fugir um pouquinho do choro descontrolado enquanto canta bem alto a sua música favorita. Tudo bem, só por hoje, tudo bem.

Você é humana e, assim, imperfeita, lembra? Isso tudo não lhe fará menos mãe, pelo contrário: cuidar um pouco de você ensinará seu filho sobre a importância de cuidar-se e de reconhecer seus limites – uma das bases da felicidade e do bem estar. O que mais nós podemos querer, não é mesmo?

Ah! Feliz dia das mães reais!

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