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As maluquices de um tempo de jornalismo sob o aperto das carências técnicas e tecnológicas

Por Aderbal Machado 20/05/2023 - 09:47 Atualizado em 20/05/2023 - 09:50

Olhei pela janela e vi um sábado com céu azulado e recoberto de esparsas nuvens. Dia de descanso. Em tese. Estou, afinal, aqui, unindo sílabas e tentando dar um sentido no começo do dia ante o compromisso de preencher o blog com ideias razoavelmente aceitáveis, coisa nem sempre atingida. Enfim, é o padrão dos desavisados, como eu: nem tudo dá o resultado esperado ou desejado. E este é o risco do nosso caminhar pelas sendas da vida, pessoal e profissionalmente.

Ando sonhando coisas muito malucas: às vezes perdido na cidade, sem saber onde moro e onde trabalho; estaciono o carro e esqueço onde – e jamais encontro; circulo pelos locais e nem sei onde estou. Já me disseram pra tomar cuidado com o “alemão”. Pode ser. Estou brigando e correndo dele há tempo. Ocupando a cachola com coisas e mais coisas.

Pois, meus jovens mancebos: neste dia, de novo, tercei armas na gana de encontrar um pedaço de inspiração. Um pedaço só. Uma nesga. Uma réstia de luz. Nessas condições, recorro às lembranças do passado – nem tão fértil assim. Às experiências saboreadas – ruins e boas.

Noutro dia falei dos meus momentos do rádio e da televisão em Criciúma, começo de tudo. Falo de novo.
Ainda me cobre os olhos a visão da área circular do prédio da TV Eldorado, com seu jardim, onde nós, os colaboradores, nos reuníamos para fofocar. Falar da vida dos outros, pois os outros falam da nossa. Ali surgiam teses incríveis e absurdas sobre o comportamento humano e eram combinadas artes e sacanagens com colegas. Aquele prédio abrigou tanto disso, principalmente quando, em algumas épocas, morcegos se abrigavam nas claraboias e os capturávamos para assustar os desavisados.

Ali, também, surgiram profissionais de altíssima capacidade. Principalmente porque, naquelas condições técnicas e tecnológicas, éramos meio heróis, lidando com deficiências naturais e sobrepondo às carências o esforço e a criatividade. Tempos sem os recursos atuais: celulares, internet, computadores, CDs, DVDs e outros bichos menos votados. E então aperfeiçoamos nossas capacidades ao infinito. Graças a Deus foi assim.

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