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Zairo Casagrande: "o Paço Municipal fez questão de tornar pública essa traição"

Vereador, que se retirou da votação para presidente da Câmara, afirma que houve interferência do executivo na eleição da Câmara
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 09/01/2020 - 07:57 Atualizado em 09/01/2020 - 07:58
Foto: Divulgação
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A eleição de Tita Beloli (MDB) como presidente da Câmara de Vereadores já estava prevista. No entanto, um fato chamou a atenção na votação que ocorreu na noite de quarta-feira, 9. Os vereadores do PSD, partido do vice-prefeito Ricardo Fabris, retiraram-se da sessão. De acordo com o vereador da sigla, Zairo Casagrande, o ato aconteceu porque teria havido interferência do Paço Municipal na eleição.

A avaliação do vereador é de que o poder executivo interferiu alterando os votos do partido de Salvaro, o PSDB, o que acabou mudando a configuração de dois blocos que estavam bem definidos e acordados no legislativo.

"Houve interferência direta do Paço Municipal. Não fosse a interferência, com a mudança dos seus três votos, a mesa diretora seria outra. Quem acompanha o processona Câmara, sabe: havia dois grupos: o dos nove e o dos oito. Só que o dos nove se diluiu, iria perder a presidência da Câmara. O Paço interferiu e mudou os votos do PSDB para o grupo dos nove. Não admitimos que um poder se meta em assuntos do outro, até porque isso é crime", afirmou Zairo.

O vereador não poupou críticas à postura do governo municipal. Na avaliação de Zairo, se não houvesse a interferência, o presidente da Câmara hoje seria outro. "Provavelmente fosse o Salézio ou o Feuser o presidente da Câmara. Essa traição tornou-se pública, o Paço fez questão de deixar claro. Houve uma votação fora do contexto que vinha acontecendo, foi sem dúvidas uma operação do Paço que alterou a votação da Câmara", disparou Zairo.

Chama a atenção o fato da bancada do PSD, partido de Zairo e do vice-prefeito Ricardo Fabris, ter votado em bloco nos últimos dias, em medidas contra o governo: o projeto de contribuição do Criciumaprev e agora na eleição da Câmara, por exemplo. O vereador falou sobre a união da bancada, mas evitou responder oficialmente pela sigla, que ele deve deixar ainda neste ano. 

"Eu me sinto acolhido pela bancada do PSD, nós estamos afinados. Não posso falar pela bancada, porque a líder é da vereadora Camila. Repito: nós estamos afinados e trabalhando em harmonia. Me sinto lisonjeado, porque fazer o papel de vereador, de fiscalizar o executivo, a bancada não abre mão. Nós votamos junto com o executivo em 300 projetos, nós somos parceiros do município. O que não aceitamos são votações impostas sem discussão, sem passar por comissões. A Câmara se apequena, nós não estamos atrás de prêmio por subserviência".

A chapa de Tita Beloli foi única e recebeu o voto de todos os outros vereadores. Compõem a mesa diretora: vice-presidente Aldinei Potelecki (Republicanos), o primeiro vice Paulo Ferrarezi (MDB) e o segundo vice Edson Paiol (PP).

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