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Volta do transporte coletivo novamente em pauta em Criciúma

Prefeito e vice convocam reunião sobre o tema. Presidente da Unimed entende que é hora de voltar
Por Denis Luciano Criciúma, SC, 07/05/2020 - 10:25 Atualizado em 07/05/2020 - 10:33
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Está chegando a hora da volta do transporte coletivo em Criciúma. "Esse é o momento", avaliou nesta quinta-feira, 7, em entrevista à Rádio Som Maior, o presidente da Unimed Criciúma, Leandro Avany Nunes. O médico entende que, com todas as medidas de proteção e com algumas restrições, é possível fazer voltar a operar o sistema na cidade. O serviço segue suspenso por tempo indeterminado, conforme anunciou no último dia 30 o governador Carlos Moisés.

"O nosso grupo técnico acha que a volta do transporte coletivo é necessária, já pode ser feita com alguns cuidados", considerou o médico. "Com máscara, álcool gel e todos os cuidados, é vida normal, temos que ir no shopping, nas lojas, ir nos bancos e temos que tentar viver normalmente, assim ficaremos nos próximos oito a doze meses, até que chegue uma medicação adequada ou a vacina", destacou. A prefeitura já tentou, com aval das empresas de transporte coletivo, retorno do serviço por ações judiciais, mas sem sucesso.

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O prefeito Clésio Salvaro e o vice Ricardo Fabris convocaram para as 11h desta quinta-feira, no Paço Municipal, uma reunião para tratar da retomada do transporte. "O Governo de Criciúma, por meio do prefeito Clésio Salvaro e do vice-prefeito Ricardo Fabris, convidam para importante reunião a fim de discutir sobre projeto de lei e retorno do transporte público coletivo", diz a convocação.

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Em recente contato com o presidente do Sindicato dos Motoristas de Criciúma, Clésio Fernandes, o Buba, o presidente da Unimed reforçou que é possível uma volta segura dos ônibus às ruas. "Falei a mesma coisa com ele, apoiando a abertura, o que deve ser evitado, é um cuidado muito importante, é o transporte dos aposentados. Um grande percentual do transporte da cidade é de aposentados, pois é de graça. Se não for permitido o transporte dos aposentados, como estamos com escolas e universidades fechados, é importante que as pessoas de idade não usem os ônibus", observou.

Já há um decreto formatado pelo município estabelecendo regras para quando voltar o transporte. Entre as medidas sugeridas estão disponibilizar até 50% das rotas e horários, com cada ônibus viajando com 50% de sua lotação de assentos, disponibilizar álcool gel e exigir uso de máscara e restringir o acesso de idosos nos horários de pico. 

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Leandro Avany entende que a reabertura de outros serviços já provou que há um protocolo seguro agora. "Nós começamos esse processo em 16 de março. O Covid, seus casos graves aparecem com 12 a 15 dias da infecção. Tivemos o problema maior entre 30 de março e 5 de abril, já passaram 15 dias da abertura do comércio, dos shoppings e empreendimentos, as fábricas estão retomando em quase 100%, já temos segurança para os próximos passos", lembrou. "Esse é o caminho. Ontem ainda vi um artigo que uma vacina deve levar mais oito a doze meses, vamos ter que conviver com o Covid, temos que proteger os nossos vulneráveis, daí é desnecessário o uso do coletivo pelos aposentados e ainda com escolas e universidades fechadas, a capacidade dos ônibus já fica em 50%", reforçou.

O presidente da Unimed sublinhou, ainda, que é importante firmeza nas decisões agora, pois retroagir depois não trará efeitos práticos na luta contra o coronavírus. "Com relação ao Covid, decisões tomadas não conseguem ser voltadas atrás. O retorno não tem efeito. Eu abri, houve um pico, fechar de novo não traz resultado, no mundo todo já vem sendo visualizado isso", comentou. "As decisões tem que ser tomadas com firmeza, vou abrir, vou assumir o risco. O grupo técnico acredita que o transporte, com cuidados necessários, pode voltar. Temos que pensar no emprego dos motoristas e nos trabalhadores que precisam chegar ao trabalho", finalizou.

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Ouça a entrevista do médico Leandro Avany Nunes no podcast:

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