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Empresas do transporte coletivo vão suspender contrato de trabalho de 95% dos funcionários

Nesta quarta-feira, Everton Trento afirmou, ainda, que haverá demissões; na quinta-feira da semana passada, ele havia dito que o setor evitaria o desligamento de funcionários
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 15/04/2020 - 08:43 Atualizado em 15/04/2020 - 09:26
Temendo demissões, funcionários do transporte protestaram nesta quarta-feira (Foto: Guilherme Nuernberg)
Temendo demissões, funcionários do transporte protestaram nesta quarta-feira (Foto: Guilherme Nuernberg)

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Após ter a liminar negada pela justiça pelo retorno do transporte coletivo, a Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU) projeta a suspensão de contrato de 95% dos funcionários das empresas. A informação foi confirmada pelo presidente da ACTU, Everton Trento, nesta quarta-feira, após funcionários do transporte coletivo terem feito protesto no terminal central pedindo o retorno dos ônibus às ruas.

"Tendo em vista a decisão judicial e de que não temos segurança de quando o Estado retornará, vamos fazer as devidas demissões e suspensões de contrato dos nossos colaboradores. Não conseguimos ficar até o dia 31 de abril (data de duração do decreto que suspende o transporte coletivo). Não temos caixa para isso. As empresas, infelizmente, vão ter que tomar as atitudes", afirmou Everton.

Há menos de uma semana, na última quinta-feira, o discurso da ACTU era mais moderado, no sentido de evitar demissões no setor. "Cada empresa tem seus custos. Temos em torno de 550 funcionários em todo o processo. Nossos custos estão aí estabilizados, mas nossa receita é zero. Não sabemos como fazer, mas estamos prontos a dar continuidade. Esse mês a gente deixou de pagar algumas coisas, estamos fazendo o pagamento dos salários dos funcionários. Vamos transformar parte desse período para serem utilizados em férias. Mas não temos como dar férias agora porque temos a insegurança de quando será o retorno. Estamos lutando para evitar demissões. Até agora não teve nenhuma", disse Everton no último dia 9.

Agora, a suspensão do contrato deve ser praticamente do total de quadro de funcionários. "Vamos manter pessoas dentro do escritório. A atividade parada não justifica ter as pessoas trabalhando, vamos fazer essa suspensão de 95% de todo o quadro. Vamos analisar o que vai ser a questão das demissões. Não sabemos se no dia 1º de maio o governador vai nos autorizar ou permanecer parado. Acreditávamos na manutenção mínima de transporte e nos foi negado. É um prejuízo do sistema", apontou o presidente da ACTU.

Confirmando que vai haver demissões, no entanto, Everton evitou falar em quantos funcionários deixaram os quadros das empresas. "Nós vamos ou não retornar no dia 1º de maio? Vamos procurar essa orientação para tomarmos decisões. É uma coisa muito difícil. Tu gasta em treinamento, teste, em toda uma estrutura. São colaboradores com famílias, exatamente igual a nós e eles estão tão apavorados quanto nós. Temos colaboradores com 52 anos de trabalho", concluiu. 

Tags: coronavírus

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