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Parlatório

Vampiro sobre a vida na política: "não digo que desta água não beberei mais"

Ao Parlatório, emedebista fala das prioridades e faz leitura da política atual
Por Renan Medeiros 20/02/2024 - 11:45 Atualizado em 20/02/2024 - 12:22
Foto: Rodolfo Espínola/AgênciaAL/Arquivo
Foto: Rodolfo Espínola/AgênciaAL/Arquivo

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Em 2022, Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro (MDB), tentou um passo além. Então deputado estadual, o criciumense disputou uma vaga na Câmara Federal. Não conseguiu. Mais de um ano depois, ele se considera apto a analisar o contexto de forma clara, sem se afetar pela decepção dos dias que sucedem a derrota.

Estes foram os assuntos abordados por Vampiro no Parlatório, da rádio Som Maior, em entrevista concedida na noite dessa segunda-feira (19) aos jornalistas Adelor Lessa e Maga Stopassoli. Assista abaixo na íntegra (o texto continua a seguir):

"Não digo que desta água eu não beberei mais"

Nos meses que antecederam a eleição, Vampiro foi secretário de Estado da Educação do governo de Carlos Moisés (Republicanos), cuja tentativa de reeleição teve o apoio protocolar de um dividido MDB. Além de Vampiro, o MDB também lançou Ada de Luca como candidata a deputada federal. O partido sabia dos riscos de dividir os votos do MDB em Criciúma.

“Nós tínhamos uma perspectiva de uma eleição. Eu trabalhei pra isso, numa eleição de deputado federal, sabendo que era difícil. Pela candidatura da Ada De Luca, pelo posicionamento, pelas coisas boas que nós tínhamos na Educação, mas também pela coisa ruim, que era o percentual de desconto dos aposentados. Enfim, sabendo tudo isso, nós fomos bem votados”, avalia Vampiro.

A derrota, segundo ele, foi difícil de aceitar no início. Avaliando os números em retrospectiva e com frieza, o ex-deputado considera que a candidatura de Ada não o prejudicou. Vampiro considera viável que, sem a candidatura de Ada, faria mais votos na região e talvez estivesse à frente de Rafael Pezenti (MDB), que foi eleito e terceiro mais votado do partido. Mas tem outro ponto: sem os votos de Ada, o MDB teria apenas dois deputados federais catarinenses. Vampiro, mesmo que estivesse à frente de Pezenti, permaneceria na primeira suplência.

“A urna é uma coisa muito sensível. Tem que estar preparado. Claro que eu não digo que desta água eu não beberei mais. Eu não sou um político aposentado. Eu tenho uma hombridade para sair na próxima eleição sem problema algum. Mas é preciso se reorganizar. Às vezes a gente quer uma coisa, mas as pessoas têm que querer também. Aglutinar pessoas em torno de um projeto, de um propósito, está muito difícil hoje”, analisa Vampiro. Segundo ele, a política atual privilegia partidos que estão em alta no momento, e não tanto a história construída ao longo de anos.

Bem antes de ser deputado estadual e secretário de Estado da Educação, o advogado Luiz Fernando Cardoso começou a vida política participando de movimentos e comissões dentro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Foi vice-presidente jurídico do Criciúma Esporte Clube, procurador do município de Nova Veneza, assessor jurídico da Advocacia Geral da União na região Sul na época do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), presidente da CriciumaTrans na gestão de Anderlei Antonelli, vereador em Criciúma, secretário de Desenvolvimento Regional e da Infraestrutura no governo de Raimundo Colombo (PSD) e Eduardo Pinho Moreira (MDB).

Defesa da renovação

Foto: Vicente Schmitt/Agência AL/Arquivo

Vampiro diz que tentou ser deputado federal ao invés de ir para um terceiro mandato na Assembleia Legislativa por acreditar na necessidade de renovação. Com esse passo além, ele abriria espaço para novas lideranças ocuparem o espaço de deputado estadual. O político se disse crítico da manutenção dos mesmos cargos pelas mesmas pessoas ao longo de muito tempo.

“A gente não pode ser o quero-quero da vida pública. ‘Eu quero de novo, eu quero de novo, eu quero de novo’. A gente tem que entender que, às vezes, Deus fecha uma porta, abre outras. Às vezes, tu achas que perdeu e pode ter sido uma vitória para a tua maturidade, para a tua construção de vida pessoal, profissional e familiar dentro de casa, para a reestruturação”, afirma.

“Tenho ido a Florianópolis. Amanhã (terça-feira, 20) estarei lá de novo. Tenho participado de todas as reuniões de bancada, de decisões importantes dentro do partido. Há uma reestruturação no partido sendo construído agora pelo (Carlos) Chiodini, que é o presidente. Tenho acompanhado, mas dando a oportunidade para que outras pessoas possam se destacar”, prossegue.

Embora continue participando da política, Vampiro diz que o foco dele agora é outro.

“Eu tenho que pensar, na verdade, no meu futuro, no futuro da minha família, da minha filha que tem sete anos. É todo um processo que tu começas a analisar de uma outra forma, de outra vertente. A urna não é uma coisa que está descartada. Mas o que eu quero dizer é que a titularidade, para mim, de ser deputado ou de estar político e de estar em evidência, nesse momento não está me fazendo falta”, disse.

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