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Uma comissão de inquérito para investigar a Afasc

Vereadores entendem haver elementos para apurar as movimentações financeiras da OS
Por Denis Luciano Criciúma, SC, 21/05/2019 - 11:58 Atualizado em 21/05/2019 - 12:00
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A Câmara de Criciúma está envolvida em uma Comissão de Inquérito para apurar irregularidades nas relações entre a prefeitura e o Criciumaprev, fundo de Previdência do município. Mas ao menos dois vereadores admitem a possibilidade de lançar uma nova frente de investigação, sobre os repasses do município à Afasc.

"Fizemos vários requerimentos sobre despesas da Afasc, e temos notado divergências de valores que chegam a milhões", confirma o vereador Ademir Honorato (MDB). "Está abrindo precedente sim, não vamos descartar essa possibilidade", emenda o vereador Julio Kaminsk (PSDB), realçando a hipótese de uma nova comissão ser proposta no Legislativo.

Honorato lembra que haveria elementos suficientes para lançar a comissão, embora não exista ainda qualquer mobilização prática no sentido de coleta de assinaturas. "São funcionários da Afasc cedidos a repartições da prefeitura, são listas de informações que pedimos e não nos são entregues, hoje fazem tudo o que querem na Afasc, e não pode ser assim", criticou o emedebista.

O vereador Kaminski reclamou recentemente, da tribuna, a necessidade de um Portal da Transparência para a Afasc. "Depois que virou Organização Social (OS) deveria te rmais transparência, não é por isso que podem fazer tudo sem licitação. Eles escondem informação", concordou Honorato.

Os dois parlamentares citam o orçamento e os custos da Afasc como fatores que, no mínimo, chamam a atenção. "Ela movimenta 42 milhões em um ano, quase 10% do orçamento líquido do município", advertiu Honorato. "No início do nosso mandato se falava em um orçamento de R$ 28 milhões em 2017, que chegou a R$ 42 milhões em 2018. Daí começamos a duvidar da contratação da Afasc para gerir a Praça do CEU, e eles não nos prestam as informações que pedimos", mencionou Kaminski.

O tucano cita até a relação da Afasc com os compromissos da Lei de Responsabilidade Fiscal do município. "O prefeito diz que compromete 34,39% da folha com pessoal. Mas esse percentual considera os funcionários da Afasc cedidos para a prefeitura? Não tem controle nenhum. A prefeitura diz mentirosamente que não tem funcionários liberados para o município. A própria Afasc andou demitindo operadores de máquina cedidos", denunciou. "Não acendeu a luz amarela, acendeu a luz vermelha. Tem mentiras e informações contraditórias nas próprias respostas de requerimentos que fazemos. Não sabemos nem quantos funcionários a Afasc tem", concluiu.

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