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"Ter clareza que não é a primeira epidemia"; veja dicas de psiquiatra para enfrentar o Covid-19

Ficar em casa, aproveitar a família e descartar áudios do whatsapp; dos Estados Unidos, médico João Quevedo mantém o otimismo
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 23/03/2020 - 09:13 Atualizado em 23/03/2020 - 09:24
Evite as informações não oficiais, principalmente áudios de whatsapp (Foto: Divulgação)
Evite as informações não oficiais, principalmente áudios de whatsapp (Foto: Divulgação)

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O psiquiatra pesquisador da Unesc João Quevedo, residente nos Estados Unidos, deu dicas sobre como enfrentar com serenidade os perigos do Covid-19 e o período de quarentena em casa. Ficar em casa, aproveitar a família, buscar as informações corretas e uma espécie de fé na sobrevivência humana são os caminhos para evitar a depressão e a ansiedade. 

"A gente tem que ter clareza de que não é a primeira epidemia que a gente vive. Eu tenho 45 anos e é a segunda, teve a da gripe suína em 2009. Vai acontecer de novo, na história da humanidade todas as epidemias vieram, fizeram algum estrago e desapareceram", iniciou João Quevedo. "O tamanho do estrago depende da nossa capacidade de lidar com ela", acrescentou.

De longe, a avaliação do psiquiatra é de que a população tem respondido bem às medidas governamentais no estado e na cidade. "Estou positivamente impressionado com o trabalho feito na nossa cidade", afirma. Outro fator importante destacado pelo especialista é a busca por informações. Os veículos oficiais de comunicação são os indicados para manter-se por dentro dos fatos sem aumentar a ansiedade.

"Informação de mais ou de menos é ruim. As pessoas têm que restringir a busca de informações aos canais oficiais, aos meios de comunicação que são responsáveis, desfazem mitos e trazem dados reais. Isso diminui muito a ansiedade. Se as pessoas continuarem usando veículos não oficiais, como áudios do whatsapp, aumenta a ansidade. Tem que focar nas informações que são verdadeiras", apontou.

Para as pessoas que tem quadro psiquiátrico instalado, é importante permanecer com o tratamento. "É o pior momento possível de parar por conta própria. Todo mundo está estressado. Continue tendo contato com os profissionais da saúde mental, usem a nova ferramenta que é a telemedicina, que dá tranquilidade aos pacientes", esclareceu João. 

Preparar-se para o futuro e confiar na gestão de crise posterior ao surto. Empresários, por exemplo, mostram-se preocupados com a situação econômica decorrente da suspensão de atividades. Novamente, a serenidade é a dica para não perder a cabeça.

"Todo mundo sabe o que está acontecendo e o que pode vir a acontecer, as pessoas têm que começar a se preparar. Os governos se organizam, injetam dinheiro na economia, colocam o seguro desemprego. As coisas de alguma forma vão se organizar e se resolver", diz o psiquiatra. "Quem aplica em renda variável e olha o estrato, hoje, tem um infarto. Então não olha. Vai passar o período, as empresas continuam lá, não perderam o valor real dela, então vai ser recuperado", assegura João.

Na internet, fala-se sobre o que pode ser extraído do período de reclusão. João Quevedo desponta como um partidário da visão positiva sobre ficar em casa. "Interessante que a quarentena está traznedo as pessoas pra volta de casa. Muita gente certamente conversou mais com a esposa nesse período do que nos últimos dez anos. Aproveitar esse período para, ao invés de cada um ficar no seu celualr se intoxicando com coisa ruim, cozinhar, sentar junto, abrir um vinho", conclui. 

Live

As transmissões ao vivo têm sido uma saída para enfrentar o período de quarentena na área do entretenimento. Veículos oficiais, como prefeituras e governos de estados, têm utilizado a ferramenta para as informações e entrevistas coletivas. João Quevedo usará a plataforma online para dar dicas sobre como manter a saúde mental nestes tempos de reclusão e temores. 

Tags: coronavírus

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