A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) não contará com vestibular próprio, e presencial, neste ano - devido a pandemia do novo coronavírus. Ao invés disso, o acesso à universidade se dará através da nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ou por meio de transferências internas, externas ou retorno de graduados, como já vinha sendo feito nos últimos anos.

A decisão foi anunciada pela universidade ainda na última quarta-feira, 11, em um documento assinado pela presidente da Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) da UFSC, professora Maria José Baldessar. No documento consta que o processo seletivo para a ocupação dos cursos de graduação da universidade se dará da seguinte forma:

a) 30% das vagas destinadas para preenchimento através do SISU – Sistema de Seleção Unificada; 
b) 70% das vagas destinadas a um processo seletivo, não presencial, sendo utilizado como critério a nota que o candidato obteve nas edições do Enem entre 2009 e 2021, contemplando um largo espectro de candidatos, observados todos os critérios para distribuição das vagas conforme portaria normativa 052/2015. 

A instituição usou a grande abrangência do ENEM, que é em 2021 contará com aproximadamente 5,6 milhões de participantes, como argumento para que o exame nacional seja a base do próximo vestibular da UFSC. Apesar disso, a Coperve ainda reforça outras formas de ingresso ao longo do ano.

“Além do Vestibular, a Coperve realiza anualmente outros processos seletivos para ingresso em cursos de graduação específicos, com um menor número de participantes, mas que demandam cuidados e necessidades peculiares a cada grupo. Esses processos seletivos especiais destinam vagas suplementares para negros, indígenas e quilombolas, para o curso de Libras (presencial) e Educação do Campo. A Coperve está realizando estudos para que todos sejam não presenciais. A avaliação está incluindo o uso da nota do Enem (últimas três edições) para negros, tal como ocorre desde 2016; análise curricular para indígenas e quilombolas, a partir de demanda da SAAD e de lideranças indígenas e quilombolas, e graduação em Libras utilizando prova virtual em vídeo. Ressalta-se que nesses processos é possível utilizar formatos diferentes com relação ao Vestibular, pois o número de candidatos é infinitamente menor”, aponta o documento.