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Scaini questiona veracidade de informações de CPI (VÍDEO)

Ex-prefeito do Arroio do Silva disse que não consegue acesso ao relatório da comissão, pois sempre encontra a Câmara fechada
Por Marciano Bortolin Balneário Arroio do Silva, SC, 29/05/2020 - 16:57 Atualizado em 29/05/2020 - 17:09
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

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Através de vídeo, o ex-prefeito de Balneário Arroio do Silva e pré-candidato ao Executivo, Evandro Scaini, se pronunciou sobre o Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou possíveis irregularidades no processo de licitação da Prefeitura do município do Extremo Sul, para a aquisição de remédios de três farmácias da cidade vizinha, Araranguá. A CPI apontou para ligações pessoais entre as farmácias, o ex-prefeito e secretários municipais. “Há 15, 16 meses, alguns vereadores vêm tentando denegrir a minha imagem. Desgastando a minha imagem pública perante toda a comunidade. E agora passaram dos limites. Estão envolvendo os meus familiares nas denúncias. E por último uma CPI que relata informações que são falsas. Eu tenho documentos que provam a falsidade de algumas informações na CPI. Eu ainda não tenho o relatório na mão, só estou falando daquilo que a imprensa está dizendo. Começa pelas informações que não são verdadeiras naquela CPI. Mas o tempo irá provar muita coisa”, desabafou no vídeo divulgado vias redes sociais.

À reportagem do 4oito, o ex-prefeito disse que tem ido ao Legislativo nos últimos dias com a intenção de protocolar pedido de cópia do relatório, porém tem encontrado a Casa com as portas fechadas. “Agora tenho que esperar a próxima sessão para que a Câmara esteja aberta para que eu protocole o pedido. Sei de outras pessoas citadas na CPI que já protocolaram há dias e ainda não receberam o relatório. Acredito que tem muito mais coisa, mas não tenho acesso ao relatório”, comentou.

Confira também - Arroio do Silva: CPI dos Remédios aponta irregularidades

O ex-prefeito fala que prestou depoimento na comissão e ainda questiona o fato de dez pessoas terem sido chamadas para depôr, mas somente cinco ou seis foram ouvidas pelos vereadores. Scaini salientou ainda que teve todas as contas dos anos que foi prefeito aprovadas na Câmara. “Inclusive, o presidente e o relator da CPI eram vereadores na época. Estamos em um ano eleitoral, sou possível pré-candidato e esses vereadores não estarão no nosso projeto. Mas prefiro ter acesso ao relatório para falar mais sobre o assunto”, lembrou.

A CPI

De acordo com o relator da comissão, vereador Márcio Macan, que deu entrevista a Adelor Lessa na rádio Som Maior nesta sexta-feira, 29, a licitação foi feita por três farmácias. “Uma era casada com o sobrinho dele (prefeito). Outro, irmão da diretora de saúde do governo dele e outro amigo deles. As negativas das empresas foram tiradas em nome da farmácia, de dentro da prefeitura, no computador da ex-primeira dama Diane Andreia Tomaz Scaini”, apontou o vereador.

Segundo a CPI, as propostas foram preenchidas pela mesma pessoa, com a mesma letra. O prefeito, conforme Márcio, havia alegado compra com as farmácias somente entre 2013 e 2014, quando na verdade o processo foi de 2010 até 2015. Em 2010 foi o próprio prefeito que assinou e não o secretário”, disse.

Foto: Divulgação

Os remédios que teriam sido superfaturados adquiridos pelo município nem sempre condiziam com os que eram entregues, falou o vereador. “Perguntei ao secretário na comissão de inquérito: aquele produto que foi faturado era entregue? ele disse que às vezes era faturado um e entregue outro. Tem produtos faturados de R$ 190, e outros de R$ 10, qual foi entregue?”, indagou.

Para a contratação de empresas é feita uma carta convite, nas quais as organizações precisam apresentar dois envelopes: primeiramente uma negativa e depois as propostas. Em 2013, segundo o vereador, as propostas foram abertas antes mesmo da emissão das negativas. “Às 14h abriram as propostas, somente com os preços. Quase duas horas depois, às 15h50 é que eles foram no computador da prefeitura e tiraram a negativa e inseriram no processo. Qual a credibilidade de uma carta convite como essa”, pontuou.

As resoluções da CPI já foram encaminhadas ao Ministério Público de Florianópolis e no Tribunal de Contas do Estado. Ainda ontem, o jurídico do processo também o encaminhou à promotoria do Ministério Público de Araranguá.

O futuro político

Evandro Scaini foi prefeito do Balneário Arroio do Silva por dois mandatos pelo PSD. Em março, ele transferiu-se para o PSL, pelo qual pretende concorrer à sucessão do prefeito Juscelino Guimarães, o Mineiro, que é do PSD.

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