A partir de janeiro, o engenheiro civil Cleverson Siewert volta ao comando da Secretaria Estadual da Fazenda. Com perfil econômico e olhar experiente da iniciativa privada, o ex-presidente da Celesc foi anunciado como o novo secretário nesta segunda-feira (5), pelo governador eleito Jorginho Mello (PL). O auditor interno Augusto Piazza será o secretário-adjunto da pasta. 

"Toda essa minha chegada no governo aconteceu de forma muito rápida. Foram cerca de 10 dias de conversa até o anúncio. Por ora e a partir deste momento, estou tomando pé do processo de transição. Vou trabalhar para ter o melhor diagnóstico e procurar, naturalmente, ajudar o time que vai compor comigo a Secretaria da Fazenda", salienta. 

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Siewert fez parte do quadro da pasta por oito anos, desde 2003. Além de titular da Fazenda, o profissional também já ocupou cargos como Consultor de Planejamento e Assessor Econômico. A partir de 2010, o engenheiro se dedicou à iniciativa privada. 

"É uma secretaria central, super relevante, da administração financeira, do controle interno, do planejamento orçamentário. Tem um corpo técnico extremamente qualificado e comprometido. Já se provou em inúmeros momentos difíceis pelos quais o estado e o país passaram", ressalta. 

Relações

Agora, após mais de uma década, Siewert retorna à gestão pública. Para ele, a experiência foi de amadurecimento natural. "Entendi que trabalhar 10, 12 horas por dia, é muito importante para chegarmos aos nossos objetivos. A dedicação diária é bastante ampla. Não é só trabalho, é estudo, relacionamento e networking. Tudo isso é importante para construirmos caminhos", destaca.

Neste primeiro momento, logo depois de ser anunciado na pasta, Siewert fará um diagnóstico das contas públicas. "Estou muito mais seguro daquilo que quero e posso entregar. Tenho aqui uma pretensão de ajudar o governador Jorginho e toda a equipe com articulações para que os recursos possam chegar às secretarias, alocados nos projetos. Ao mesmo tempo, articular com a iniciativa privada novas ideias", afirma.

Ainda conforme o futuro secretário, a relação com o Governo Federal deve ser 'republicana'. "Como sempre foi Santa Catarina. A minha expectativa e uma leitura de quem ainda faz parte da iniciativa privada, o histórico do Partido dos Trabalhadores sempre foi, do ponto de vista da economia, de estímulo ao consumo e de muito crédito. O que, no curto prazo, tende a fomentar a economia. No médio e longo prazo isso traz consequências. Se eles seguirem essa mesma prática eu entendo que, no primeiro momento, pode ser algo bastante positivo", comenta.