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Representantes de partidos detalham possibilidades de alianças em Criciúma

MDB e PP como vices? PSOL com PT? PL chapa pura? E o PSD?

Por Renan Medeiros 28/05/2024 - 13:58 Atualizado em 31/05/2024 - 13:01
Fotos: Vitor Avila/4oito
Fotos: Vitor Avila/4oito

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Com cinco pré-candidatos postos inicialmente, a eleição municipal em Criciúma está entrando na etapa das definições de alianças. Todos os cinco partidos que divulgaram planos de ter o próximo prefeito de Criciúma também articulam ativamente nos bastidores para compor.

Nesta terça-feira (28), o programa Adelor Lessa, da rádio Som Maior, colocou à mesa lideranças de PP, PT, MDB, PL e PSD, representados, respectivamente, por Valmir Comin, Iara Odila, Ivo Carminatti, Lisiane Tuon e Salésio Lima. Um dos assuntos mais discutidos foi a formação das alianças.

Ouça, abaixo, a conversa completa e leia, a seguir, o que eles dizem:


PT com PSOL?

Iara Odila (PT):

Nós estamos conversando com o PSOL já há bastante tempo para criar essa frente. Já temos conversado bastante com a Mariana (Furlan Sartor, possível vice na composição), que a Mariana é presidente do PSOL. Nós não podemos definir tudo porque nós temos uma federação (com o PC do B). O PT, por conta, não pode definir quem é o vice. A Mariana é um excelente nome, é bem dentro do que a gente está discutindo. Mulher jovem, uma menina jovem de vinte e poucos anos, que tem uma militância nos movimentos sociais. Isso é importante. Nós não batemos o martelo ainda de quem vai ser o vice, porque ainda está muito cedo para a gente definir quem são os vices. Mas a Mariana é um bom nome, que vai ser levado para a federação.

[...] A Mariana é uma possibilidade, é um nome que nós temos que levar muito em consideração, por toda a trajetória. Embora seja uma menina jovem, mas uma jovem que tem muito potencial.

MDB com candidatura própria ou compõe?

Ivo Carminatti (MDB): 

O que nós temos aí, capitaneado pelo nosso pré-candidato Paulo Ferrarezi, é a decisão irrevogável da candidatura própria. Paulo Ferrarezi, representando o 15, estará na majoritária. Essa é a discussão interna da executiva, do diretório, da militância, do partido. E aqui trago e registro a experiência e a condução do nosso deputado Tiago Zilli, que vem auxiliando enormemente na organização e reorganização partidária do MDB aqui em Criciúma e em todo o Sul. O Paulo Ferrarezi conversa com os partidos. Não se pode fechar as portas desta negociação, desse entendimento, dessas conversas, porque todos são pré-candidatos hoje. E o Paulo é o nosso candidato, é o nosso pré-candidato. Tanto que nós temos pautado e agendado um grande evento, lá no Flor de Lis, para o lançamento da pré-candidatura do Paulo e com a nossa grande nominata representativa de candidatos a vereadores. 

[...] Hoje completamente o partido caminha para esta decisão realmente irrevogável (de candidatura própria). Nós não temos, através do Ferrarezi, alimentado mais conversas de composições, seja com o PL, com o PP e com o PSD. Estamos organizando os grupos temáticos com propostas modernas e inovadoras. Por isso que registrei aqui, em nome do Ferrarezi, o seguinte: esse debate que se avizinha entre os candidatos - e são bons candidatos, todos preparados - nós faremos um corte nesta discussão com plano de governo entre o presente e o futuro. O futuro passa pela inovação e o Paulo deseja fazer a via rápida digital aqui na cidade, na região. É esta discussão que ele vai trazer aqui para esta mesa. Nessa discussão, nós estamos também incluídos, porque a produtividade passa pela inovação. E a cidade precisa disso. É disso que o Ferrarezi vai conversar, fazer e mostrar à cidade. 


PSD com quem?

Salésio Lima (PSD):

O PSD vem conversando, está aberto para todo tipo de conversa. Temos uma nominata completa com mais mulheres, são 18 nomes preparados. Eu vejo que não dá para dizer que o presidente tomou uma decisão. Nós temos uma executiva, temos o nosso presidente, o Eron (Giordani), temos conversado bastante. Temos diversos partidos já em comum, conversas, acordos pré-eleição. Nós estamos abertos para todo tipo de conversa para aquilo que vem ao encontro da cidade.

O nosso pré-candidato Vaguinho tem saído por esta cidade escutando a população. Senta, escuta, ouve e leva adiante. Está sendo construído um programa para que a cidade seja representada em todos os cantos. Nós temos feito reuniões com os pré-candidatos, com os amigos dos pré-candidatos, e tem sido gratificante escutar a população. Em todas as semanas, dias, não tem hora, nós estamos nos reunindo em cada canto desta cidade. Eu sempre penso e o partido pensa assim: a cidade só cresce de mãos dadas.

PP com PL?

Valmir Comin (PP):

O Progressistas tem uma posição muito clara já há algum tempo, quando reunimos a nossa executiva e tomamos uma decisão, em comum acordo com a executiva estadual, de que não seríamos coadjuvantes nessa eleição. E que o Progressistas estaria participando da majoritária. É público e notório que estamos com tratativas bem acentuadas com o PL, com o candidato Ricardo Guidi, e isso já começou na reunião da executiva estadual onde foram elencados 100 municípios no estado e evidentemente que a parceria do ‘tanto quanto possível’. Tem situações em que o Progressistas e o PL não conseguem nem se ver. Como é nos demais partidos, não estou falando nada fora do que realmente acontece.

Mas há, sim, esse desejo, porém eu tenho dito de que hoje nós temos uma nominata que é a melhor dos últimos 20 anos para vereadores, temos 30 nomes colocados para escolha de 18. Vamos fazer o processo seletivo agora nos próximos dias dentro de um entendimento porque alguém vai ter que renunciar e de repente abraçar uma candidatura ao lado, com a expectativa realmente de fazermos dois a três vereadores. E temos o nosso pré-candidato, que é o Júlio Kaminski. Até então nós tínhamos 3 nomes, que era o empresário vereador Miguel Perini, o empresário Miri Dagostin, vereador, e o Júlio. Os dois acabaram declinando em prol do Kaminski, e esse é o nosso nome.

Nós já começamos, inclusive, as tratativas com marketólogos, já objetivando a questão orçamentária para o programa de televisão para que não sejamos pegos, daqui a pouco, nas tratativas.

Um dos motivos que nos levou ao distanciamento (em relação à candidatura do PSD)... Aliás, não foi o Progressistas que se distanciou, foi o próprio Paço Municipal, através do comandante Clésio Salvaro, quando definiu que o parceiro para a majoritária não seria o Progressistas. E esse foi o item número um do partido mesmo, porque nós tomamos uma posição que faríamos parte da majoritária, e buscaríamos os parceiros adequados no momento oportuno.

Como essa decisão fora tomada lá atrás... Hoje o cenário mudou, mas ela foi tomada lá atrás... O partido tomou o seu rumo, e buscamos sim as tratativas, e bem adiantadas, com o PL. A minha nona sempre diz e reitero aqui: muito oferecido, pouco querido. Eu sempre digo: corrida de cavalos se ganha ao atar. A eleição está aberta em Criciúma. Eu vejo com muita expectativa e tenho convicção de que o candidato do Paço vai crescer e muito. É um outro perfil, fala mansa, com posicionamentos firmes. O Paço hoje é uma máquina de guerra. Tem capilaridade que quando sai o sinal do comando, chega lá no bairro, então não podemos subestimar esta situação.

Por outro lado, dentro de um contexto macro, o Progressistas, o fato de ter o 11 na tela, repercute no subconsciente de toda a região sul do Estado de Santa Catarina, como é o caso do MDB, ou do próprio Partido dos Trabalhadores. Partido que não se apresenta perde capilaridade, essa é a grande verdade. Portanto, é o seguinte, nós estamos preparados para uma candidatura própria, mas estamos buscando os fins, os encaminhamentos, até agora, com o PL. E é um desejo, realmente, do partido.

E vou responder uma pergunta que vai vir, já na sequência: há possibilidade de conversa com o candidato Vaguinho? Já nos procurou, mas coloquei, inclusive neste programa, que este assunto não estaria em tela até o momento. Agora, a partir do momento em que não tivermos o espaço para participar com o PL, nos remete à condição de estar com o nosso candidato a prefeito. A partir daí, na minha condição de presidente, é meu dever e obrigação receber qualquer tipo de proposta e encaminhar para a discussão da executiva. E a partir deste momento, o processo é muito dinâmico, tudo pode acontecer.

PL com chapa pura ou em composição?

Lisiane Tuon (PL):

Dentro do PL tem muitos nomes, não só um nome. Então, eu sempre acho que dentro, não partindo da dimensão do PL de Criciúma hoje, tem vários nomes. Isso, também, eu alinhei com a deputada Júlia, até porque eu estou aqui representando ela e conversei também, obviamente, com o Ricardo. E o governador, até eu escutei uma entrevista que tu fez com ele, acho que na Festa do Pinhão e o governador fala muito bem com isso. Nós temos um belo candidato a prefeito e nós vamos fazer toda uma discussão sobre isso. E o Ricardo fala muito sobre isso. A Júlia é presidente do partido e tem uma tendência mais da chapa pura, mas quem define isso - ela deixou isso bem claro - é o governador junto com o candidato a prefeito.

É o Ricardo Guidi que vai estar fazendo a negociação, ele que está conversando. O entendimento dele é conversar e como ele está conversando com o MDB e com o PP.

Se for pra ver a posição do candidato a prefeito, que é importante, junto com o governador em todas as entrevistas, é a discussão com os partidos, como ele está fazendo com o PP e com o MDB.

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