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Reflexos de decreto sobre posse de armas ainda não são sentidos na região

Polícia Federal, instrutores e psicólogos credenciados ainda não perceberam aumento na demanda
Por Francine Ferreira Criciúma, SC, 22/01/2019 - 07:49
Daniel Búrigo / A Tribuna / Arquivo
Daniel Búrigo / A Tribuna / Arquivo

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Há uma semana, o presidente da República, Jair Bolsonaro, assinou o decreto que flexibiliza a posse de armas de fogo no Brasil. No entanto, apesar de ser uma das propostas de campanha mais comentadas por seus eleitores, o aumento prático na procura por armamentos no Sul catarinense ainda não foi registrado, tanto pela Polícia Federal, quanto por instrutores de tiro e psicólogos credenciados para aplicarem os testes obrigatórios na região.

Conforme o chefe da Delegacia de Polícia Federal em Criciúma, delegado Edgar Butze Grudtner, a movimentação em torno de solicitações de posse de arma de fogo está dentro do normal. “Não sentimos nenhum impacto até agora, porque acredito que ainda não deu tempo de a pessoa interessada organizar os documentos e entrar com o pedido. Até porque, antes disso, precisa fazer o exame psicológicos e o teste de aptidão técnica”, avalia.

A autoridade policial ainda acrescenta que os pedidos que foram protocolados desde a última semana são de pessoas que já haviam iniciado o procedimento antes da assinatura do decreto. “Os que eventualmente ficaram mais interessados por conta das mudanças ainda não tiveram tempo hábil. Acredito que em um mês pode ser que tenha algum efeito”, completa.

Profissionais credenciados concordam

Entre os pré-requisitos para solicitar a posse de arma de fogo estão aprovações em exame psicológico e teste de aptidão técnica. No Sul de Santa Catarina, ambos são realizados, respectivamente, por psicólogos e instrutores de tiro credenciados junto à Polícia Federal.

Na mesma linha da avaliação do delegado, o instrutor de tiro Evandro Campos de Oliveira afirma que tem atendido muitas ligações de pessoas tirando dúvidas sobre o decreto, mas que o aumento na procura pelos testes ainda não tem acontecido. “Esse decreto é para quem tem vontade possuir a possibilidade de compra. Não é obrigatoriedade, mas sim um direito. Penso que as pessoas devam estar se organizando, até porque tem a questão de valores, que não são baratos”, argumenta.

A psicóloga Geise Presa é credenciada para realizar o teste em Criciúma e Araranguá, e também alega que a procura está dentro do que já existia antes do decreto. “Faz pouco tempo, imagino que uma pessoa que vá comprar uma arma de fogo tenha que conversar com a família antes, para depois procurar os profissionais para fazer todo o procedimento”, finaliza.

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